Este ano, os incêndios consumiram 6,7 milhões de hectares na Amazônia.
O ano de 2024 foi marcado por queimadas que afetaram profundamente todos os biomas brasileiros, resultando em uma destruição territorial equivalente ao estado de Tocantins.
Segundo o Monitor do Fogo, informações divulgadas na COP29, realizada em Baku, Azerbaijão, mostram que, entre janeiro e outubro, a área devastada na Amazônia foi cerca de 10 vezes superior à registrada no mesmo período de 2023.
O Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) ressaltou que a disparidade entre a área consumida pelo fogo e a causada pelo desmatamento atingiu o maior nível desde o início das medições, em 2019.
Este ano, os incêndios consumiram 6,7 milhões de hectares na Amazônia, enquanto o desmatamento totalizou 650 mil hectares. Isso representa um aumento expressivo quando comparado aos 717 mil hectares queimados na região no ano passado.
No total, o Mapbiomas aponta que, em 2024, 27,6 milhões de hectares foram atingidos pelo fogo em todo o país, um aumento de 119% em relação ao mesmo período de 2023. Esse crescimento equivale a 15 milhões de hectares adicionais, uma área maior que o estado do Ceará.
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Mato Grosso, Pará e Tocantins concentraram mais da metade das queimadas, somando 56% dos registros. Apesar de a Amazônia liderar em número absoluto de focos de incêndio, o Pantanal teve o maior crescimento proporcional, com 1,6 milhão de hectares a mais queimados em relação ao ano anterior.
Os dados reforçam a gravidade da crise ambiental e a necessidade de ações para conter a degradação dos biomas brasileiros.
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