A situação ocorreu na última quinta-feira (5).
Um fato envolvendo um policial militar e um estudante de 16 anos na Escola Estadual Celso Ramos, em Joinville, está sendo investigado pela Secretaria de Estado da Segurança Pública de Santa Catarina.
A situação, que ocorreu na última quinta-feira (5), gerou acusações de racismo e violência contra o jovem.
Nesta sexta-feira (6), professores e representantes sindicais se reuniram para discutir o caso e prestar apoio à família do estudante.
A ocorrência foi confirmada por três profissionais da escola e uma aluna, e as Secretarias de Educação e Segurança Pública estão ativamente investigando a situação.
De acordo com relatos, o fato aconteceu durante a tarde, quando o estudante, que é negro e cursa o segundo ano do ensino médio, jogava vôlei. Uma funcionária da direção teria solicitado que ele voltasse para a sala de aula.
Antes de atender à orientação, o aluno foi ao banheiro para se lavar, momento em que teria sido abordado pelo policial. Testemunhas afirmam que outro aluno, que estava no local fumando um cigarro eletrônico, não foi abordado.
Segundo uma funcionária da escola, o policial teria confrontado o estudante negro de forma agressiva, questionando o que ele fazia no banheiro e, em seguida, desferido dois tapas em seu rosto após o jovem ter perguntado por que estava sendo tratado daquela maneira.
A situação provocou a intervenção de uma funcionária, que tentou afastar o policial do local, sem sucesso.
O episódio gerou grande preocupação entre os presentes, com os pais do estudante sendo chamados à escola. Eles consideraram chamar a polícia, mas temeram uma escalada da situação, já que o policial estava armado.
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Ainda na manhã desta sexta-feira, o policial envolvido não estava na escola. A direção registrou um boletim de ocorrência, e outro registro deve ser feito pelo Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado de Santa Catarina (Sinte-SC).
A Secretaria de Estado da Educação informou que está ciente das denúncias e que uma equipe do Núcleo de Política de Educação, Prevenção, Atenção e Atendimento às Violências na Escola (Nepre) foi designada para acompanhar o caso.
Já a Secretaria de Estado da Segurança Pública de Santa Catarina (SSP-SC) anunciou a abertura de uma investigação e o afastamento temporário do policial das funções.
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