A Amazônia, o maior bioma brasileiro, foi o mais impactado, com a destruição de 55 milhões de hectares.
Um novo relatório divulgado nesta quarta-feira (21) pelo MapBiomas revela uma preocupante perda de 33% das áreas naturais do Brasil até o final de 2023, acendendo o alerta para o risco elevado de desastres ambientais no país.
A Amazônia, o maior bioma brasileiro, foi o mais impactado, com a destruição de 55 milhões de hectares, o que corresponde a uma redução de 14% de sua cobertura original.
Essa taxa de devastação coloca a floresta em uma situação crítica, próxima do chamado “ponto de não retorno”, onde a recuperação natural da área se tornaria inviável.
O Cerrado, considerado a savana com maior diversidade biológica do planeta, também foi severamente afetado. Foram perdidos 38 milhões de hectares, ou 27% de sua extensão total, revelando o avanço acelerado da degradação.
Além disso, o Pantanal, que tem enfrentado uma série de incêndios devastadores, sofreu uma drástica redução em suas áreas alagadas.
De acordo com o relatório, a superfície de água no bioma caiu de 21% em 1985 para apenas 4% em 2023, uma mudança que agrava ainda mais a vulnerabilidade da região.
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Tasso Azevedo, coordenador do MapBiomas, destacou que “a perda da vegetação nativa nos biomas brasileiros tende a impactar negativamente a dinâmica do clima regional, reduzindo a capacidade de proteção contra eventos climáticos extremos”. Ele alertou que esse cenário intensifica o “risco climático” para o Brasil, trazendo consequências graves para o meio ambiente e para a população.
O documento também evidenciou que 45% dos municípios brasileiros, cerca de 2,5 mil dos quase 5,6 mil existentes, registraram perda significativa de vegetação nos últimos anos, sinalizando a urgência de medidas para conter a destruição ambiental em todo o país.
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