O técnico em prótese dentária, Fernando Morais, que mora em Chapadão do Sul (MS), a esposa e o filho, um bebê de 1 ano, embarcaram por engano no avião que caiu em Vinhedo (SP) na última sexta-feira, 9.
O relato foi divulgado por Fernando nas redes sociais. Ele conta que em vez de entrarem na aeronave que desembarcaria em Rio Verde (GO), o destino correto dos três, eles acabaram entrando no voo ATR-72 da Voe Pass – o mesmo que caiu deixando 62 pessoas mortas.
O casal ficou em poltronas separadas porque já havia um homem sentado em um dos lugares. Acreditando que fosse o caso de bilhetes duplicados, aceitaram outro assento. “Começou a ter um ‘rolo’, vários lugares duplicados. Estavam sem sistema e não tinham muito controle dos passageiros ali”, contou.
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Ao ouvirem a conversa entre outro passageiro e uma comissária sobre o destino daquele voo ser Cascavel (PR) perceberam que houve um engano.
Fernando acredita que a confusão aconteceu porque o portão de embarque para os voos com destino a Cascavel e Rio Verde era o mesmo, e os passageiros dividiram o mesmo ônibus que os transportaria até as aeronaves.
As comissárias de bordo que morreram no voo ATR-72, Rubia Silva de Lima e Debora Soper Avila, ajudaram Fernando e Bruna a confirmarem o engano, saírem da aeronave e seguirem para o voo correto. O técnico lembra mais de Debora: “não me esqueço do rosto dela, ela nos ajudou muito”, diz no vídeo.
Fernando termina o relato de quase 10 minutos prestando solidariedade a quem perdeu um ente querido por causa da tragédia.
“Meus sentimentos a todos os familiares. Foi muito triste. A gente conviveu com esse pessoal pelo menos um pouquinho de manhã. Estava todo mundo feliz, bem”, diz.
A Polícia Federal informou que investigando o acidente. Veja a nota na íntegra.
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