A partida contou com a presença de renomado jogadores veteranos.
Brumadinho, 23 de março de 2024 – Nesta manhã, o campo Canto do Rio, em Brumadinho, foi palco de um evento emocionante em memória das 272 vítimas do rompimento da barragem da Vale em 2019.
Promovido pela Associação dos Familiares de Vítimas e Atingidos pelo Rompimento da Barragem Mina Córrego do Feijão (AVABRUM), o “Futebol por Brumadinho: Justiça por 272 vítimas” uniu craques do futebol em um gesto de solidariedade e reivindicação por justiça.
A partida contou com a presença de renomado jogadores veteranos, incluindo o icônico Rei Reinaldo, lendário atacante do Atlético-MG, que dedicou um gol à memória das vítimas. Ainda hoje, ninguém foi responsabilizado pelo desastre.
Além de ser um clamor por justiça, o evento buscou homenagear todas as vítimas da tragédia, reconhecendo aqueles que, além de trabalhadores, também eram entusiastas do esporte, contribuindo para equipes locais como Canto do Rio, Brumadinho, Itaguaense, Juventus, Novo Ideal, Aroucas, Estrela Marinhense, Primos e Associação Deixa que Eu Chuto.
Os jogos incluíram três partidas de futebol, uma envolvendo crianças e as outras confrontando uma seleção de mestres mineiros contra equipes formadas por parentes e amigos das vítimas.
A equipe de parentes das vítimas contou com a participação de Reinaldo, que enfatizou:
“Minas não é só minério, Minas também é solidariedade. Estou nesse jogo para deixar claro que não concordo com a impunidade”.
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O jogo principal terminou com uma vitória de 7 a 1 para a Seleção Master Mineira, mas o verdadeiro objetivo foi destacar a persistência da luta por justiça. Alexandra Andrade, diretora da AVABRUM, expressou:
“Nós temos que dar visibilidade a luta da AVABRUM em todos os meios, e o futebol, é uma paixão nacional, é uma forma de impactar pessoas. Nós tivemos o apoio de muitos jogadores, atletas, ex-profissionais, e isso fortalece a nossa luta”.
Entre os presentes, estava Darlei Pisetta, pai de Bernardo, goleiro da base do Flamengo, falecido no trágico incêndio do Ninho do Urubu há cinco anos.
“Ele também é parte de um crime ainda sem justiça”, enfatizou Alexandra Andrade, reafirmando a importância de lutar por responsabilidade e memória.
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