O morador ainda chegou a dizer que é policial e juiz, em uma tentativa de intimidar o entregador.
Um episódio tenso envolvendo um entregador de comida por aplicativo e um morador da Asa Sul, em Brasília, gerou polêmica e indignação na noite da última segunda-feira (27). O entregador foi alvo de ofensas e ameaças por parte de um morador irritado por ele não ter subido até o apartamento para entregar o pedido. O fato ocorreu por volta das 23h.
Segundo relato do motoboy, ao chegar no local, solicitou ao porteiro que informasse ao cliente para descer e receber a entrega. Contudo, o morador, desceu ao térreo visivelmente irritado, iniciando uma discussão com o entregador.
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Em um vídeo gravado pelo próprio entregador, o morador é visto exaltado, questionando o motivo pelo qual o entregador não subiu até o apartamento. Em meio à discussão, o morador proferiu ameaças, afirmando ser policial e juiz, e intimidou o entregador, gerando um ambiente de tensão.
O motoboy relatou que o morador se mostrou agressivo, chegando a tentar agredi-lo fisicamente. Após sentir-se ameaçado, o trabalhador mencionou a possibilidade de chamar a polícia.
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De acordo com as informações do G1, o próprio morador admitiu à TV Globo que não era juiz, mas sim perito da Justiça, e expressou arrependimento pelo ocorrido, alegando ter se irritado durante a discussão por não saber que o entregador não era obrigado a subir.
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O entregador, que atua nessa função há quatro anos e realiza jornadas diárias de aproximadamente 12 horas, descreveu a situação como agressiva e afirmou estar recebendo suporte jurídico e psicológico da empresa para a qual presta serviços. O caso foi registrado na 1ª Delegacia de Polícia, na Asa Sul.
O iFood, plataforma de entrega de comida por aplicativo, reforçou que não é obrigatório que o entregador suba até o apartamento para realizar a entrega. Em declaração oficial, a empresa destacou que a orientação tanto para entregadores quanto para clientes é que a entrega seja feita no primeiro ponto de contato, geralmente na portaria ou na entrada do prédio, ressaltando que descer para receber o pedido é uma questão de respeito mútuo entre as partes envolvidas.
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