A Polícia Militar considerou o ocorrido um "acidente".
Imagens capturadas por câmeras flagraram o momento em que um fato grave ocorreu na Escola Centro de Ensino Especial 1 do Guará, no Distrito Federal. Renato Caldas Paranã, policial militar e professor temporário na instituição, foi visto segurando com intensidade o braço de um aluno autista, resultando na fratura do membro do adolescente. O jovem foi levado às pressas para o Hospital de Base, onde passou por uma cirurgia para colocação de pinos de titânio, recebendo alta após três dias.
As imagens revelam o momento em que o adolescente, agitado, é segurado por dois homens, culminando na queda do jovem. Mesmo no chão, ele continua sendo segurado até perceberem a gravidade da lesão no braço.
O policial, que começou a lecionar na escola em agosto como substituto de uma professora afastada, enfrenta acusações após o episódio. Segundo relatos, mesmo diante das ordens contrárias da vice-diretora, Renato se aproximou do aluno autista e o segurou com muita força, conforme registrado no boletim de ocorrência feito pela mãe do estudante.
A vice-diretora testemunhou que pediu ao policial para interromper a ação, porém, suas ordens foram ignoradas. Ao buscar ajuda de uma psicóloga, ela ouviu um grito alto, retornando ao local para encontrar o adolescente caído no chão, com o braço quebrado.
O Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal (CBMDF) e a mãe do jovem foram chamados após o ocorrido. A 4ª Delegacia de Polícia (Guará) está investigando o caso.
Diversas organizações, incluindo o Movimento do Orgulho Autista (Moab), a Ordem dos Advogados de Brasília (OAB) e o Conselho Tutelar, planejaram uma reunião com a Coordenação da Regional de Ensino para discutir as medidas adotadas sobre este e outros casos semelhantes em escolas públicas do Guará. O encontro aconteceu na última terça-feira (14/11) às 9h.
Em resposta, a Secretaria de Educação do Distrito Federal (SEEDF) afirmou que o professor foi imediatamente afastado e que o caso está sendo investigado pela Polícia Civil e pela Corregedoria da SEEDF. A SEEDF reforçou o repúdio a qualquer ato de violência e afirmou que prestará todo o auxílio necessário ao estudante.
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A Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) considerou o ocorrido um “acidente”, explicando que o professor foi chamado para ajudar na contenção de um aluno com Transtorno do Espectro Autista (TEA) nível 3 não verbal que estava em crise nervosa. Segundo a PMDF, o aluno teria se desequilibrado durante o atendimento, resultando na lesão enquanto o professor tentava acalmá-lo.
Até o momento desta reportagem, a defesa de Renato Caldas Paranã não foi localizada.
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