Itajaí, 10 de novembro – Na tarde desta sexta-feira, 10, o sargento da PM de Itajaí, Tadeu José de Andrade, recebeu uma ordem de prisão preventiva.
Ele foi responsável por coordenar a operação ilegal contra um grupo de moradores de rua, foi preso preventivamente.
A ação também incluiu o cumprimento de seis ordens de busca e apreensão contra o grupo de policiais envolvidos na ação violenta ocorrida no final de outubro.
As ordens foram solicitadas pelo Ministério Público estadual e autorizadas pela Vara de Direito Militar da Comarca da Capital.
A operação ilegal ocorreu há 10 dias, quando moradores de rua foram obrigados a deixar Itajaí por policiais militares liderados pelo sargento Tadeu, utilizando o aparato da polícia Militar em horário de expediente.
Os andarilhos, que foram agredidos e feridos, foram forçados a caminhar pelas margens da BR 101 até Balneário Camboriú, onde foram encontrados pela Abordagem Social.
O sargento da PM coordenou essa ação três anos após ser condenado a quase 10 anos de prisão por tortura.
A ação ocorreu ainda 12 horas após o Centro de Direitos Humanos de Itajaí denunciar à corregedoria da PM os 13 casos de agressões sofridas por andarilhos desde o final do ano passado em Itajaí.
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Ao Diarinho, o comando-geral da PM de Santa Catarina informou que, devido à investigação em curso, não serão repassadas maiores informações para não prejudicar as apurações.
Vale ressaltar que Tadeu, apesar da condenação por tortura em 2020, continuava trabalhando nas ruas até janeiro de 2023, quando estava afastado do serviço externo.
As denúncias também indicam que o sargento da PM estaria treinando novos policiais para praticarem agressões suficientes a fim de impedir que as vítimas chegassem à corregedoria da Polícia Militar para realizar reclamações.
O caso continua sob investigação para esclarecer as circunstâncias e responsabilidades dos envolvidos.
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