Enquanto o conflito recente entre Israel e Hamas entra em seu 26º dia, tragédias humanas se acumulam.
Bairros inteiros foram varridos do mapa, deixando traumas que serão difíceis de superar.
O som de bombas, ambulâncias e gritos se tornou uma trilha sonora constante para os cidadãos da região.
Uma marca desse conflito é o número crescente de mortos, que já ultrapassa 10.000, sendo a maioria deles, quase 9.000, palestinos.
Pelo segundo dia consecutivo, o campo de refugiados de Jabalya, na Faixa de Gaza, foi alvo de bombardeios, com autoria de Israel, confirmada pelo governo.
Essa área é uma das mais densamente povoadas do mundo.
Por isso, qualquer ação militar nesse local coloca em risco a vida de civis que se encontram espremidos em vielas, casas de alvenaria e pequenos edifícios.
Israel justifica seus ataques afirmando que o campo de refugiados também é um centro de controle do Hamas, onde soldados possuem diversos pontos de operação.
No entanto, para cada inimigo que é atingido, muitos outros inocentes perdem a vida, segundo os números divulgados diariamente pelas autoridades locais.
Em meio ao caos, pessoas desesperadas usam as próprias mãos para escavar os escombros na esperança de encontrar sobreviventes.
Enquanto a situação em Gaza piora os combates em solo e aéreos se intensificam. Relatos de drones soltando bombas em soldados israelenses e do lançamento de foguetes de barricadas se multiplicam.
Além disso, Israel anunciou que 15 de seus soldados foram mortos desde terça-feira, 31.
No entanto, o governo israelita alega que desde 7 de outubro, destruiu 11.000 pontos de operação do Hamas.
As batalhas se concentram principalmente ao norte do enclave palestino, onde a estratégia é cercar a região que abriga a maioria dos membros do Hamas.
Esperança humanitária para o conflito está na fronteira
Em meio a essa guerra, uma pequena abertura humanitária se destaca: a fronteira de Rafah, no sul de Gaza, foi aberta para a saída de feridos graves e estrangeiros que desejam fugir da região.
No entanto, até o momento, vários cidadãos brasileiros ainda não conseguiram deixar a área.
Desde a manhã desta quarta-feira, 1, centenas de pessoas se aglomeraram diante dos portões, buscando escapar dos bombardeios constantes, da fome e da falta de itens básicos para sobreviver.
Neste dia, 335 cidadãos estrangeiros conseguiram deixar Gaza, mas mais de 6.000 permanecem presos na região.
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Ambulâncias também cruzaram a fronteira para resgatar os feridos de hospitais à beira do colapso.
Quase 80 pessoas foram socorridas nesta primeira fase de abertura do corredor humanitário.
Adicionalmente, hospitais de campanha foram montados no Egito para fornecer um mínimo de suporte aos feridos.
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