O presidente da empresa apontou a estabilidade econômica dos EUA como um dos principais atrativos para essa decisão estratégica.
A Portobello, uma das principais empresas do setor cerâmico do Brasil, inaugurou sua nova fábrica nos Estados Unidos, um empreendimento que custou impressionantes R$ 900 milhões e levou cinco anos para ser concluído. Especialistas do setor acreditam que essa expansão tem o potencial de triplicar as vendas da Portobello na América do Norte.
John Suzuki, o presidente da empresa, aponta a estabilidade econômica dos EUA como um dos principais atrativos para essa decisão estratégica. Ele afirma:
“O mercado americano é muito mais estável e promissor.”
A Portobello enfrentou uma reviravolta nos resultados financeiros recentes. Após uma sequência de lucros milionários até setembro de 2022, a empresa registrou resultados negativos a partir do primeiro trimestre de 2023. Um exemplo marcante é a comparação entre os meses de janeiro, fevereiro e abril de 2022, quando a Portobello teve lucro de R$ 31,1 milhões, e o mesmo período em 2023, com um prejuízo de R$ 17,1 milhões.
Fundada em 1979 em Tijucas, a Portobello tem uma história de adaptação e visão estratégica. Inicialmente no ramo de açúcar, a empresa encontrou seu nicho na cerâmica e explorou sua localização estratégica, próxima a mercados importantes como São Paulo e países vizinhos como Argentina e Chile. Hoje, a empresa exporta para 60 países e possui um valor de mercado superior a R$ 800 milhões.
A expansão para os Estados Unidos não é isenta de desafios. Ivan Barboza, sócio da gestora Ártica Investimentos, destaca desafios logísticos e de demanda ao buscar alcançar um aumento nas vendas para R$ 750 milhões. No entanto, ele acredita que os benefícios, como agilidade na entrega e menor impacto de variações cambiais, compensarão esses obstáculos.
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Com 146 unidades de venda, incluindo 24 próprias, a Portobello está diversificando suas estratégias, apostando também na venda direta ao consumidor. No último trimestre, a empresa atingiu um recorde de vendas nessa divisão, alcançando R$ 233 milhões. John Suzuki comenta:
“Nossa loja é mais premium e não concorre muito com o home center.”
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A inauguração dessa fábrica nos EUA marca um momento decisivo não apenas para a Portobello, mas também para a cidade de Tijucas. Isso demonstra que até mesmo empresas de regiões menores podem realizar movimentos ousados e bem calculados no cenário global. A Portobello está determinada a conquistar novos horizontes, mesmo diante de desafios, e a nova fábrica nos Estados Unidos representa um passo ousado em direção a um futuro promissor.
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