As recentes enchentes na Líbia desencadearam uma tragédia humanitária de proporções devastadoras, com mais de 5 mil mortos até esta terça-feira, 12.
Com chuvas torrenciais, o país enfrenta um cenário caótico, exacerbado por sua instabilidade política e conflito em curso.
Milhares de pessoas perderam a vida devido às enchentes e deslizamentos que se seguiram às intensas chuvas, e cerca de 10 mil pessoas estão desaparecidas.
A cidade portuária de Derna, no leste do país, sofreu o impacto mais severo, com o número de mortos ultrapassando 1 mil.
Essa cidade enfrenta não apenas perdas humanas, mas também a destruição de duas barragens cruciais e quatro pontes vitais para a região, com grande parte de sua área ainda submersa.
Outras cidades, incluindo Benghazi, Soussa, Al-Marj e Misrata, também enfrentam consequências devastadoras das enchentes, com relatos de corpos encontrados por toda parte, tornando as operações de resgate e recuperação extraordinariamente desafiadoras.
A Líbia, desde a queda do ditador Muammar Gaddafi em 2011, enfrenta um cenário de caos político e divisões profundas.
O país permanece dividido, com dois governos operando em regiões diferentes, o que dificulta significativamente a coordenação de esforços eficazes para lidar com desastres naturais.
Apesar dessas dificuldades, a ajuda internacional está começando a chegar ao país.
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Vários países, incluindo os Estados Unidos, Egito, Alemanha, Irã, Itália, Catar e Turquia, ofereceram ou enviaram assistência humanitária para ajudar a aliviar o sofrimento das vítimas das enchentes.
No entanto, o país enfrenta desafios adicionais, como a falta de equipes de resgate treinadas, devido ao foco em conflitos nas últimas décadas, e danos significativos à infraestrutura, estradas e casas, tornando a recuperação uma tarefa monumental.
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