Pesquisa aponta medidas para promover capacitação e oportunidades em meio aos avanços tecnológicos e demandas produtivas
Jovens brasileiros enfrentam desafios para ingressar no mercado de trabalho, devido à concorrência com inteligência artificial, automação e outros avanços tecnológicos.
Segundo a pesquisa “O Futuro do Mundo do Trabalho para as Juventudes Brasileiras”, realizada pelo Itaú Educação e Trabalho, Fundação Roberto Marinho, Fundação Arymaz e GOYN SP, a solução para esse cenário é investir na Educação Profissional Tecnológica (EPT).
O estudo destaca a importância da ampliação de matrículas e cursos, a adaptação da formação dos jovens para as demandas produtivas e mudanças tecnológicas, a orientação profissional e acompanhamento de carreira, e uma governança comprometida com os desafios da profissionalização.
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Marcelo Vieira, especialista e professor, destaca que o ensino profissionalizante é essencial para o desenvolvimento do país.
Ele ressalta a importância de diretrizes formais para a formação de mão de obra especializada, de forma a evitar a importação de talentos.
“O Brasil mudou. Um país que quer se desenvolver deve ter diretrizes formais para mão de obra especializada sem precisar recorrer a outras formas como importação de talentos, por exemplo. A educação profissional tem a possibilidade de ocupar esse espaço no cenário nacional e entregar uma educação pública de qualidade e preparatória para o mundo do trabalho”, avalia.
Segundo a pesquisa, uma das estratégias para alcançar esse objetivo é ampliar a oferta da modalidade no país, envolvendo governos, instituições de ensino, empresas, organizações da sociedade civil, universidades e instituições de pesquisa.
Projetos para a Educação
No contexto desse debate, foi aprovada no Senado Federal a criação da Frente Parlamentar em Favor da Educação Profissional e Tecnológica, com o objetivo de proporcionar oportunidades aos brasileiros mais vulneráveis.
O autor do projeto, senador Astronauta Marcos Pontes, destaca que o ensino profissional e tecnológico pode mudar a vida de milhões de jovens que vivem em condições financeiras difíceis.
Faláio Arns, presidente da Comissão de Educação, Cultura e Esporte do Senado, enfatiza a necessidade de uma maior oferta de educação profissional e tecnológica, destacando que apenas 3% do ritmo necessário para cumprir a meta do plano nacional de educação está sendo alcançado.
Ele ressalta a importância de parcerias entre as redes públicas de ensino e entidades da comunidade para promover o acesso ao mundo do trabalho.
A Frente Parlamentar em Favor da Educação Profissional e Tecnológica terá como atribuições o aprimoramento da legislação federal, a fiscalização das políticas públicas e o monitoramento da elaboração e execução do orçamento público.
O grupo de trabalho funcionará no Senado, mas também poderá contar com a participação de deputados.
Um dos desafios para impulsionar a educação profissional no país é oferecer cursos personalizados, que atendam às demandas específicas do mercado de trabalho.
Essas medidas visam promover a integração produtiva dos jovens, garantindo que estejam preparados e capacitados para as novas exigências do mundo do trabalho.
Fonte: Brasil61
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