Deputado catarinense é acusado de “transfobia e homofobia” após polêmica envolvendo mulher trans

Um vídeo divulgado por um ativista da causa LGBTQIA+ e autodeclarado "policial civil antifascista" viralizou nas redes sociais

SANTA CATARINA – A inclusão de uma jovem trans na disputa pelo título de Rainha da Festa do Agricultor de Ermo, em Santa Catarina, gerou polêmica recentemente. As reações surgiram após o deputado estadual Jessé Lopes (PL) questionar a participação da jovem em suas redes sociais.

Em uma publicação, o deputado se referiu à candidata como um “HOMEM biológico (que se acha mulher)” e questionou a possibilidade de ela vencer o concurso.

Essas declarações dividiram as opiniões nas redes sociais, com muitas pessoas expressando apoio à jovem e outros concordando com o ponto de vista do parlamentar.

Os organizadores da festa se manifestaram afirmando que seguem o registro civil para as inscrições no concurso, o que permitiu a participação da jovem trans na competição.

No meio da polêmica, o deputado foi convidado a participar como jurado no evento, o que intensificou ainda mais o debate.

Um vídeo divulgado por um ativista da causa LGBTQIA+ e autodeclarado “policial civil antifascista” viralizou nas redes sociais.

Na gravação, o homem, que foi candidato a deputado estadual pelo PT em Santa Catarina e é pai de uma “princesa trans”, acusa Jessé de ser criminoso, homofóbico e transfóbico.

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Tanto a página oficial do evento quanto o perfil da jovem trans receberam uma variedade de comentários nas redes sociais, desde mensagens de apoio à sua participação até manifestações contrárias. Grupos LGBTQIA+ criticaram a organização por convidar o deputado para ser jurado do concurso.

“Repúdio total pela escolha de um deputado criminoso e transfóbico para jurado do concurso do evento. Ressaltamos que o referido deputado já havia se manifestado publicamente em suas redes sociais de forma criminosa e desrespeitosa contra uma das candidatas por ela ser uma mulher trans.”

Jessé Lopes afirma ser defensor da família e dos princípios cristãos, reforçando sua posição contrária à chamada “ideologia de gênero” em Santa Catarina.