Santa Catarina registrou um total de 18 casos de febre maculosa neste ano, de acordo com informações divulgadas pelo governo estadual. No entanto, os casos apresentaram menor intensidade e não resultaram em óbitos.
Segundo as autoridades de saúde de Santa Catarina, isso se deve ao fato de a bactéria presente no estado ser menos agressiva.
A bactéria em questão, conhecida como Rickettsia parkeri, é comumente encontrada em ambientes de Mata Atlântica, conforme informado pela Diretoria de Vigilância Epidemiológica (Dive).
Em contraste, a Rickettsia rickettsii é a bactéria que causa os casos mais graves da doença. A divulgação desses dados aconteceu após a morte de quatro pessoas que participaram da mesma festa em Campinas, no interior de São Paulo.
Em relação aos casos em Santa Catarina, Blumenau registrou 5 casos, enquanto Jaraguá do Sul registrou dois. Além disso, Grão Pará, Corupá, Benedito Novo, Canelinha, Joinville, Rio dos Cedros, São Bento do Sul, Urussanga, Luiz Alves, Massaranduba e Orleans registraram um caso da febre maculosa cada um. Os dados são do Dive.
Segundo o Ministério da Saúde, a febre maculosa é uma doença infecciosa aguda, febril e de gravidade variável. Seus sintomas podem ser facilmente confundidos com os de outras doenças que causam febre alta.
Aliás, vale relembrar que a transmissão da febre maculosa acontece pela picada do carrapato infectado com a bactéria. A transmissão ocorre quando o carrapato infectado adere ao corpo da pessoa ou quando há penetração das bactérias em lesões na pele, por meio do esmagamento do carrapato.
Transmissão, sintomas e cuidados com a febre maculosa
No Brasil, o carrapato-estrela, encontrado principalmente em capivaras, atua como o principal vetor da febre maculosa é o carrapato-estrela.
Os principais sintomas da doença incluem febre, cefaleia, mal-estar geral, náuseas, vômitos e lesões no local onde o carrapato se fixou.
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Por isso, a Dive recomenda algumas medidas de prevenção, como o uso de roupas claras para facilitar a identificação de carrapatos no corpo, bem como o uso de calças, botas e blusas de mangas compridas ao caminhar em áreas arborizadas e gramadas.
Além disso, se puder, deve-se evitar locais com grama ou vegetação alta e fazer uso de repelentes de insetos.
Por fim, vale ressaltar que a febre maculosa não é transmitida de pessoa para pessoa e que há tratamento disponível com o uso de um antibiótico específico.
Esse tratamento deve iniciar imediatamente assim que o médico suspeitar da contaminação, mesmo antes da confirmação por meio de exame.
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