Um veredicto impactante foi proferido nesta quarta-feira, 31, encerrando um longo processo judicial no Vale do Itajaí. O Tribunal do Júri de Itajaí condenou um policial militar a 16 anos de prisão pelo homicídio de um motorista após um atropelamento ocorrido em 2015.
Primeiramente, a justiça considerou o réu, André Luiz de Azevedo, culpado pela morte de Cristofer Mendes da Silva, um pintor. Na ocasião, o pintor estava com sua esposa e seu filho de apenas 2 meses no veículo.
O crime ocorreu em 5 de agosto de 2015, na rodovia Antônio Heil, em Itajaí, quando a vítima atropelou o policial militar.
Em seguida, Cristofer parou o veículo para prestar socorro ao policial. No entanto, com receio das consequências legais por não possuir habilitação, decidiu deixar o local do acidente.
Temendo a fuga do motorista, o policial militar sacou sua arma e efetuou um disparo fatal, atingindo a cabeça da vítima.
A mulher e o filho de Cristofer não foram atingidos. Apesar de receber atendimento e encaminhamento ao hospital, ele morreu 40 dias após a ocorrência, em consequência dos ferimentos na cabeça causados pelo tiro.
Na época, o caso gerou grande comoção e indignação na comunidade local, bem como recebeu ampla cobertura da mídia.
Por isso, o Ministério Público de Santa Catarina (MP-SC) ofereceu a ação penal contra o policial, e a 5ª Promotoria de Justiça da Comarca de Itajaí conduziu o processo.
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No julgamento do dia 31, o Tribunal do Júri acolheu a tese do MP-SC, reconhecendo a autoria do crime por parte do réu.
Além disso, o promotor de Justiça Jackson Goldoni, representante do MP-SC, destacou as qualificadoras de motivo fútil e recurso que impossibilitou a defesa da vítima. Isso resultou na condenação do policial militar a 16 anos de reclusão.
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