Esse tipo de exigência no ambiente de trabalho configura uma prática abusiva.
Uma cartilha com uma série de condutas e exigências, foi enviada aos funcionários do Banco Inter, por email, esta semana. Entre as normas, constam proibições como ‘lingerie marcando ou aparecendo’, roupas com bolinhas, ‘barba mal feita e cabelo sem corte’. Material de trabalho bagunçado, como o uso de ‘caneta com tampa mastigada’ também está incluso.
Entre as exigências estão que os profissionais da empresa não podem ter unhas e sobrancelhas mal cuidadas. Maquiagem borrada ou excessiva e aparecer para trabalhar com o cabelo sujo ou mal arrumado também não poderá acontecer.
Posteriormente, na cartilha, ainda estão proibições específicas sobre películas de celular quebradas, capinhas sujas ou acessórios e bolsas ‘velhas’.
De acordo com a Advogada Nathália Ohofugi, esse tipo de exigência no ambiente de trabalho configura uma prática abusiva, e “reforça a ideia de um ambiente corporativista e machista, baseado em regras e concepções patriarcais”.
“É um abuso de poder diretivo do empregador decidir que o empregado observe determinados tipos de vestimenta, ou formas de se aparentar do trabalho. Existem limites do que é sensato cobrar ou não, e essas demandas extrapolam esse poder”, frisa a especialista.
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Segundo o divulgado, se o empregador quer que seja estabelecido um padrão para todos os funcionários, como estar sempre com roupas novas, a empresa deve arcar com esses custos”, prossegue.
Posicionamento
Por fim, ao Metrópoles, o Banco Inter informou através de sua assessoria que ‘ respeita a individualidade de cada um de seus colaboradores. A princípio, o material em questão foi revisado e passou por alterações’.
Veja a cartilha ⤵️
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