Com um salário de aproximadamente US$ 500 mil (R$ 2,6 milhões), Dilma presidirá o NDB até julho de 2025
A ex-presidente Dilma Rousseff foi eleita na sexta-feira, 24, presidente do Novo Banco de Desenvolvimento (NDB), também conhecido como Banco do Brics. Ela substituirá Marcos Troyjo, ex-secretário especial do antigo Ministério da Economia, que ocupava o posto desde julho de 2020.
Com um salário de aproximadamente US$ 500 mil (R$ 2,6 milhões), Dilma presidirá o NDB até julho de 2025, quando acaba o mandato do Brasil no comando da instituição financeira, que tem sede em Xangai, na China.
Porém, por conta dos problemas de saúde do Presidente Lula, a cerimônia formal de sua posse, acontecerá quando o petista remarcar sua viagem para à China. Dilma seria empossada no cargo de presidente do NDB na quarta-feira, 29. Mesmo assim, ela iniciará seus trabalhos nesta semana.
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“Como presidente do Brasil, Dilma Rousseff concentrou sua agenda em assegurar a estabilidade econômica do país e a criação de empregos. Além disso, durante seu governo, a luta contra a pobreza teve prioridade, e os programas sociais iniciados sob os mandatos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva foram expandidos e reconhecidos internacionalmente. Como resultado de um dos mais extensos processos de redução de pobreza da história do país, o Brasil foi removido do Mapa da Fome das Nações Unidas”, destacou o NDB em nota.
Contudo, o comunicado lembra que, durante seu governo, Dilma promoveu o respeito à soberania dos países e a defesa do multilateralismo. Além do desenvolvimento sustentável, direitos humanos e paz. O texto ressalta que a ex-presidente expandiu a cooperação com vários países da América Latina, África e Ásia, participou da fundação do NDB em 2014 e teve presença decisiva no Acordo de Paris sobre o meio ambiente em 2015.
Os desafios de Dilma Rousseff
No comando do Banco do Brics, Dilma terá oportunidade de ampliar a inserção internacional na instituição. Mas, enfrentará dois grandes desafios: impulsionar projetos ligados ao meio ambiente e driblar o impacto geopolítico das retaliações ocidentais à Rússia, um dos sócios-fundadores.
Criado em dezembro de 2014 para ampliar o financiamento para projetos de infraestrutura e de projetos de desenvolvimento sustentável no Brics e em outras economias emergentes, o NDB atualmente tem cerca de US$ 32 bilhões em projetos aprovados. Desse total, cerca de US$ 4 bilhões estão investidos no Brasil, principalmente em projetos de rodovias e portos.
Em 2021, o Banco do Brics teve a adesão dos seguintes países: Bangladesh, Egito, Emirados Árabes Unidos e Uruguai.
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