Presidente da França reafirma que manterá a reforma da Previdência, que é o motivo da revolta nacional
Nesta quarta (22), em entrevista para a TV na França, o presidente Emmanuel Macron, encurralado por uma revolta nacional em larga escala, usou de comparações com outros eventos históricos.
Ele comentou que os protestos no país estão no mesmo nível – ou até piores – que a invasão popular da Praça dos Três Poderes, em Brasília, e a do Capitólio norte-americano, em Washington. Macron tenta demonstrar firmeza nas falas, e reafirma que a reforma da Previdência francesa precisa ser mantida para o bem do povo:
“Quando os Estados Unidos viveram o que viveram no Capitólio, quando o Brasil viveu o que viveu, digo muito claramente: não podemos aceitar nem os subversivos, nem as facções. Não vamos tolerar qualquer tumulto” – insistiu o presidente francês.
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A reforma da Previdência no país tem como objetivo aumentar a idade para aposentadoria dos franceses. Subindo de 62 para 64 anos, os trabalhadores precisarão trabalhar mais e ainda prestar serviços adicionais, para conseguirem todos os benefícios trabalhistas. Desde o anúncio da proposta reformista, a população se revoltou e protestou.
“A reforma é necessária. Ela não me agrada e eu gostaria de não a ter feito, mas me comprometi a fazê-la. Por que chegamos a este momento? Porque durante uma década nós dissemos ao país que podíamos gastar sem produzir. Isso não funciona, é mentira” – reforçou Macron para a TV.
Nos últimos dias, a população entrou em confronto direto e constante com a Polícia. Há relatos de feridos e destruição pelas ruas, principalmente em Paris. Alguns protestantes chegaram a pedir, literalmente, pela cabeça de Macron em praça pública.
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