Novo documento apresenta mais e novas medidas para transformar o dia a dia cada vez mais sustentável, com nova exigência de tempo
Segundo a ONU, através do Painel Intergovernamental sobre o Clima (IPCC), o mundo que conhecemos chegará ao limite a partir do ano de 2030. A partir deste ponto, a temperatura global poderá subir além de 1,5º C, o que beira o “ponto de não retorno”.
Nos últimos meses, observaram-se vários eventos climáticos extremos, como a chuva torrencial em São Paulo e o ciclone Freddy, que passou pela África. Ambos os eventos causaram diversas mortes e deixaram muitos feridos, além do enorme rastro de destruição deixado para trás.
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Mais e mais eventos como estes ocorrerão até 2030, caso as novas medidas exigidas pelo IPCC não sejam cumpridas. Um dos pontos fortes do documento exige a transformação completa de todas as indústrias do planeta em processos elétricos, com zero emissões de carbono. Junto disso, o documento cita que o dia a dia deverá ser completamente elétrico, desde veículos de passeio ao transporte público, e a produção de alimentos e construções deverão também se tornar altamente sustentáveis.
Todas as medidas são de caráter urgente, extremamente necessárias para a sobrevivência humana. A ONU também afirma que mudanças positivas andam acontecendo já por alguns anos, que nada está ficando apenas na ‘casa das propostas’. Segundo a organização global, até 2020, as emissões de carbono receberam taxações de 20%, o que forçou a redução do componente químico na atmosfera. Além disso, cerca de 56 países instauraram leis focadas na redução dos gases, representando 53% do planeta.
No entanto, o IPCC reafirma que ainda não chegamos no ponto onde deveríamos. O perigo de catástrofes climáticas ainda maiores persiste, visto que mudará apenas quando todas as fontes de carbono do planeta forem completamente extintas e trocadas pela sustentabilidade.
Cerca de 278 cientistas de 65 países escreveram o relatório do IPCC. Eles afirmam que ainda há tempo de salvar a Terra, mas somente se os países cortarem as emissões de gases estufa pela metade até 2030.
“A integração de ações climáticas efetivas e equitativas não apenas reduzirá perdas e danos para a natureza e as pessoas, também proporcionará benefícios mais amplos. Esse relatório de síntese ressalta a urgência de ações mais ambiciosas e mostra que, se agirmos agora, ainda podemos garantir um futuro sustentável e habitável para todos” – disse Hoesung Lee, presidente do IPCC.
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