A organização terrorista proibiu as organizações humanitárias de recrutarem mulheres para os trabalhos com a população
Na segunda (26), as ONGs Christian Aid e Action Aid anunciaram, em conjunto, a suspensão imediata de suas atividades no Afeganistão. A causa é a proibição do recrutamento de mulheres, por parte da organização terrorista Talibã, que governa o país desde o ano passado.
A Action Aid precisou abrir mão de cerca de 97 mulheres trabalhadoras na organização. Em nota pública, a ONG comentou:
“A Action Aid tomou a difícil decisão de interromper, temporariamente, a maior parte dos seus programas no Afeganistão até que a situação se esclareça. As mulheres são essenciais para qualquer operação de ajuda humanitária, especialmente no Afeganistão, onde apenas as mulheres podem interagir com outras mulheres”
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A Christian Aid também publicou uma nota de repúdio, junto do anúncio da suspensão das atividades no país islâmico:
“Proibir as mulheres do trabalho humanitário reduzirá nossa capacidade de ajudar o crescente número de pessoas necessitadas e aumentará o risco de agravar a terrível crise humanitária que mulheres e meninas enfrentam. Além disso, esta decisão vai perturbar, profundamente, as famílias que dependem da renda das trabalhadoras humanitárias”
Dados da Organização das Nações Unidas (ONU) apontam que as ONGs humanitárias costumam ajudar, todo ano, cerca de 38 milhões de afegãos. Com a redução drástica da ajuda, por conta da exclusão das mulheres, a população sofrerá muito mais com a fome, doenças e pobreza.
O Talibã, que governa o país, anunciou a proibição através do Ministério da Economia, no sábado (24). Os terroristas afirmam que chegaram nessa decisão por conta de “sérias reclamações” pelo descumprimento do uso do hijab (o véu islâmico) pelas mulheres.
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