PF prende casal de corretores e apreende R$ 150 milhões em patrimônio de traficantes em SC

Operação ocorreu na manhã desta terça (11) em Camboriú e Balneário Camboriú

As cidades de Balneário Camboriú e Camboriú amanheceram mais movimentadas que de costume nesta terça-feira, 11. A quebra na rotina ocorreu por conta de uma operação da Polícia Federal, cujo objetivo era bloquear e apreender patrimônio ligado a traficantes internacionais de drogas. Os criminosos atuavam como corretores de imóveis de fachada na região.

A princípio, durante a ação da PF foi preso um casal de corretores de imóveis envolvido com a lavagem de dinheiro do tráfico.

A operação teve o apoio da Polícia Militar e já sequestrou caminhões, carros de luxi, lanchas, terrenos, casas e apartamentos. Somados, os itens tem valor de mercado próximo a R$ 150 milhões.

Foram cumpridas seis ordens de busca e apreensão nas duas cidades, além de quatro mandados de prisão preventiva – dois contra líderes do tráfico e dois contra um casal de corretores imobiliários acusado de intermediar a maioria das aquisições de imóveis da organização criminosa, além de gerenciar a administração dos bens do tráfico.

Além disso foram cumpridas ordens judiciais de sequestro de uma lancha, oito veículos de luxo, 41 caminhões, 10 imóveis localizados em São Paulo e 19 imóveis em Santa Catarina, todos em Balneário Camboriú e região. Em Camboriú, um sítio foi alvo de sequestro.

Os investigados responderão pelos crimes de lavagem de dinheiro e de organização criminosa, com penas que podem chegar a 18 anos de prisão.

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Como funcionava o esquema

Entretanto, o que resultou na ação realizada nesta terça-feira foi a Operação Alba Vírus, deflagrada pela Polícia Federal em agosto de 2019 contra uma quadrilha de tráfico internacional de drogas que enviava cocaína ao exterior pelos portos de Santos (SP), Paranaguá (PR) e Navegantes.

Os líderes da organização criminosa, que se encontra foragidos, teriam estruturado um grupo para esconder o patrimônio e fazer a lavagem de dinheiro do tráfico. Dessa forma, montaram empresas de transporte de fachada, comprando caminhões e patrimônio no litoral norte de Santa Catarina, e contando com a ajuda dos corretores.