Três mulheres e cinco homens foram julgados por crimes que culminaram em um homicídio praticado com disparos de arma de fogo em julho de 2020
Dois homens e duas mulheres foram condenados em sessão do júri da comarca de Gaspar que teve início na manhã da última terça-feira (13), e encerrou na noite de quinta-feira (15), totalizando mais de 44 horas de julgamento. Nesse sentido, esta é a mais longa sessão do Tribunal do Júri realizada no fórum local.
Em todo o período, os jurados ficaram incomunicáveis, sendo alocados em um hotel, acompanhados por oficiais de justiça, para descanso noturno. Das 23 testemunhas, 13 participaram. Mais de 100 quesitos foram formulados e submetidos à votação do Conselho de Sentença.
No Tribunal do Júri, três mulheres e cinco homens são presos por um homicídio praticado em julho de 2020, no bairro Gaspar Mirim. A vítima já havia sobrevivido a duas tentativas de homicídio, a primeira em dezembro de 2019 e a segunda em junho de 2020.
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Porém, segundo denúncia do Ministério Público, os condenados pelas duas tentativas de homicídio qualificadas (uma com uso de arma de fogo e outra com um golpe de facão). E, por fim, pelo homicídio qualificado da vítima. Membro de uma facção criminosa atuante em Santa Catarina, o homem teria recebido um “decreto” que, quando imposto, funciona como uma sentença de morte. Os réus acreditavam que a vítima havia delatado um de seus membros à polícia.
A sentença dos condenados
Nesse sentido, o Conselho de Sentença condenou um homem a 49 anos e seis meses de reclusão, mais 25 dias-multa, pelos crimes de homicídio tentado (por duas vezes), homicídio consumado e organização criminosa. Uma mulher pegou 13 anos e 16 dias-multa pelos crimes de homicídio tentado (uma vez) e organização criminosa.
Outro homem pega a 24 anos, seis meses e 22 dias de reclusão, mais 21 dias-multa, pelos crimes de homicídio consumado e organização criminosa. Além disso, uma mulher ganha à pena de um ano e dois meses de reclusão pelo crime de corrupção de menores – ela cumprirá a pena em regime aberto. Os demais cumprirão as penas em regime fechado. Outros quatro réus estão livres de todos os crimes.
Por fim, a histórica sessão do Tribunal do Júri é coordenada pela juíza Griselda Rezende de Matos Muniz Capellaro, titular da Vara Criminal de Gaspar. Assim, atuaram na acusação as promotoras de justiça Lara Zappeline Souza e Cristina Nakos; na defesa dos réus, as advogadas Thereza Christina Lachi Ferreira e Barbara Abreu Olivieri. E os advogados Leandro da Cruz Soares, Michel Manhães, Clayton Silveira Fernandes e Eduardo Redivo Sestrem.
Ao final da sessão, a magistrada pontuou a atuação diligente das representantes do Ministério Público e dos advogados de defesa dos réus, e destacou a dedicação de todos os servidores e colaboradores do Poder Judiciário envolvidos na organização e desenvolvimento dos três dias de julgamento, bem como o apoio dos policiais penais e dos integrantes da Polícia Militar que atuaram durante a sessão
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