Danyanne da Cunha era agiota e morreu ao cobrar dívida
O corpo da técnica de enfermagem Danyanne da Cunha Januário da Silva, 35 anos, desaparecida desde da quarta-feira (27) foi encontrado na madrugada da última quarta-feira (03), em um terreno na cidade de Brazlândia (DF). A Polícia Civil afirmou que Danyanne foi morta ao cobrar uma dívida de R$ 35 mil.
A princípio, dois homens foram presos. O corpo de Danyanne foi achado a 40 km de onde ela foi vista pela última vez. Contudo, a irmã dela afirmou que ela saiu de casa, no Riacho Fundo, para cobrar uma dívida de um conhecido. O encontro foi marcado em frente a uma madeireira, a poucos quilômetros de onde ela morava.
“O homem falou para os dois se encontrarem perto de uma casa de construção para que ele pagasse a dívida. Depois disso, ela sumiu”, contou a irmã, Dallas Brasil, de 44 anos.
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A perícia vai confirmar a causa da morte, mas segundo as apurações, a vítima foi morta com um tiro na cabeça no mesmo dia do desaparecimento.
Câmeras de segurança do prédio onde Danyanne morava registraram o último momento em que ela foi vista. Por volta das 22h27, a técnica de enfermagem entra no elevador.
Ela vestida com agasalho e calça preta, sai do local, pega o carro e da partida. O delegado responsável pelo caso, Lúcio Valente, afirmou que o carro de Danyanne registrou uma passagem pela BR-040 à 0h27 da quinta-feira (28). Ela dirigia um Hyundai ix35 preto.
“O veículo seguia sentido Valparaíso, entorno de Goiás. Portanto, não há como afirmar se ela era que dirigia ou quem estava na direção do volante”, disse Valente. O carro da vítima ainda não foi localizado. Danyanne deixa dois filhos, de 13 e 11 anos.
Danyane era agiota
De acordo com a Polícia Civil, a vítima estava envolvida com empréstimos financeiros. Os suspeitos, de 24 e 26 anos, eram captadores de clientes, de quem recebiam os valores e, posteriormente, repassavam para ela. Segundo a investigação, Danyanne emprestava o dinheiro com juros de 50% no pagamento — desse valor de juros, os captadores ficariam com 60% e ela, com 40%. A família diz que não tinha conhecimento das atividades, mas que isso já “não importa”.
Um dos suspeitos do assassinato teria passado a ter problemas com os recebimentos e acumulado uma dívida de mais de R$ 35 mil com a vítima.
“O suspeito passou a inventar empréstimos e a pegar o dinheiro para si mesmo. A vítima não chegou a cobrar a dívida, mas o suspeito decidiu matá-la para não pagar o débito”, disse a delegada chefe da 29ª DP, Valma Milograna.
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