O aumento dos preços é um dos assuntos mais discutidos do momento
Você sabe como é a composição do preço da gasolina? O aumento dos preços é um dos assuntos mais discutidos do momento. Afinal, isso pesa cada vez mais no bolso dos consumidores, tanto para quem tem veículo próprio ou recorre ao aluguel de carros.
O preço do dólar e o aumento da cotação internacional do petróleo tem surpreendido a população. O valor da gasolina é liberado na bomba – ou na revenda. Contudo, grande parte do que o consumidor desembolsa reflete o preço cobrado pela Petrobras na refinaria.
Na prática, há um efeito cascata. As modificações nos preços da Petrobras, que seguem cotação internacional e câmbio, interferem nos demais componentes do preço até chegar ao consumidor final.
Dessa forma, preparamos este texto para que você saiba como funciona essa composição no preço dos combustíveis. Boa leitura!
O que influencia o preço dos combustíveis?
Como a Petrobras é uma companhia dominante no mercado, sua influência no preço é muito relevante. Mas também há a venda de empresas privadas. O diesel, por exemplo, é o combustível que mais sofre influência, por conta do peso do petróleo na composição.
Além dos impostos, (Cofins, ICMS, Cide, PIS/Pasep), a diferença entre os valores nas refinarias para o preço cobrado do consumidor passa por muita intervenção relacionada aos lucros do produtor ou importador.
A cadeia de comercialização acontece da seguinte maneira: há produção interna e influência do mercado interno. Depois disso, as refinarias enviam o combustível para as distribuidoras, as quais repassam para os postos de venda.
Somente depois disso, o consumidor final tem acesso ao combustível. Entretanto, ele já passou por vários processos e, consequentemente, acréscimos em seu valor.
Como é a composição do preço da gasolina?
O preço da gasolina é constituído em um terço pelo custo cobrado pelas refinarias, ou importada quando o valor pela produção é menor. Além disso, ele pode se modificar um pouco, mas sempre gira em torno de 30% do preço final repassado pelos postos.
A gasolina abastecida é a tipo C que é uma mistura de 73% de gasolina A e 27% de etanol anidro por litro, conforme legislação brasileira.
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O Etanol Anidro é obtido das usinas produtoras com um valor em torno de 11,4% do preço da gasolina C.
Em relação ao imposto da gasolina, ele é retido na fonte. Os impostos federais equivalem a 16,3% do preço da gasolina C. São eles:
- Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (CIDE);
- Contribuições para o PIS/PASEP e Cofins.
Além dos impostos federais, há a incidência do ICMS, um imposto estadual que se baseia na circulação de mercadorias e serviços.
Cada estado do país apresenta o seu próprio ICMS e essa variante é uma das razões da diferença de preços da gasolina entre os estados. Consoante a isso, o ICMS corresponde, dessa forma, a 28,1% no preço da gasolina C em média.
As distribuidoras as quais são responsáveis pela mistura da composição da gasolina A e do etanol anidro afetam no valor do preço do combustível em 4,7%, além da entrega aos postos.
Esse custo equivale à margem bruta do distribuidor juntamente ao custo operacional do transporte. Enquanto isso, a margem bruta do revendedor é de 9,9%.
A composição do preço da gasolina tipo C é, dessa maneira, notadamente constituído desse modo:
- 28 a 32% (em média) vem da realização da Petrobrás;
- 12% vêm do valor de custo do etanol anidro (27% da gasolina e etanol);
- 45% vêm dos impostos (ICMS, Cofins, CIDE, Pis/Pasep);
- 11% vêm dos custos e lucros de distribuição e revenda.
Posto isso, forma-se assim o preço do combustível gasolina, que é usado por mais de 50% dos veículos no Brasil.
O mercado internacional impacta no aumento do preço dos combustíveis?
Como já mencionado, o preço do barril é cotado conforme o mercado internacional. O Preço de Paridade Internacional (PPI) é quem aponta as várias oscilações de valor do combustível.
E claro, a lei de oferta e procura provoca influência diretamente no preço. No entanto, quando há modificações de valor no mercado internacional, é preciso fazer o reajuste no país.
Nos últimos 12 meses o preço do barril de petróleo no mercado internacional disparou e com a desvalorização do real comparada à moeda americana, o preço pago por nós fica ainda pior.
Mesmo com a recente queda do dólar, o preço se mantém em alta até que haja uma estabilização no mercado internacional, devido a guerra instalada entre Rússia e Ucrânia.
O barril ficou mais caro como resultado das medidas como as sanções dos Estados Unidos e da União Europeia contra o petróleo e o gás exportados pela Rússia.
Essas sanções fazem com que haja uma redução do volume desses produtos no mercado internacional, o que gera o aumento dos preços. A Rússia é o segundo maior produtor e exportador de petróleo do mundo.
Se o barril de petróleo reduzir de preço, a gasolina cai no Brasil?
Quando o valor da commodity no mercado internacional sobe, existe um aumento na gasolina no posto mais perto de nossas casas. Isso pelo fato de que a Petrobras tem uma política de cotação dos combustíveis ligada ao que é praticado no exterior, em dólar.
Conforme esse entendimento, quando há queda no mercado internacional, o preço é reajustado para baixo em solo brasileiro também?
A resposta é não. Caso houver uma forte queda do barril de petróleo, como aconteceu recentemente. Não deve haver recuo de preços no país, visto que há ainda certa diferença entre os preços domésticos e externos.
Conclusão
Como você pode ver, a composição do preço da gasolina pode variar devido a várias questões internas e externas.
O preço do dólar e do barril de petróleo (internacional) também são pontos que vão influenciar diretamente em altas e baixas semanais e mensais no preço dos combustíveis nos postos.
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