De Arroio Grande, a família de Hector passou a receber doações após a mãe do menino compartilhar a cartinha nas redes sociais.
No final de novembro, a cartinha de um menino de apenas sete anos de idade viralizou nas redes sociais. Morador de Arroio Grande, região Sul do Rio Grande do Sul, Hector fez um pedido incomum em sua cartinha para o Papai Noel. Ao invés de brinquedos, ele pediu carne para passar a data com sua família.
“Papai Noel, meu sonho é ganhar uma carne para passar com a minha família”, pede.
O menino mora com os pais e os três irmãos. Estudante da 1° série, Hector aprendeu a escrever recentemente, e escreveu a cartinha ao ser estimulado pela sua professora.
A mãe do garoto, Patrícia Froz de Braz, de 35 anos, divulgou a cartinha do filho nas redes sociais e pediu para que quem pudesse, a ajudasse a realizar o pedido de Hector.
Na publicação, ela conta que a família vive momentos difíceis, que antes podia saciar a vontade dos filhos, mas no atual momento, se encontra em dificuldades, tendo também vivido com problemas de saúde.
A publicação viralizou, o que gerou uma corrente solidária entre os moradores da região.
Com o início da pandemia da Covid-19, a família passou a ter dificuldades financeiras. A luz da casa deles foi cortada recentemente por falta de pagamento. A água também seria cortada no início desta semana, porém, amigos e vizinhos fizeram doações e os ajudaram a pagar a conta atrasada.
“Eu não posso trabalhar, porque tenho uma hérnia, então vivemos dos bicos que meu marido e minha filha fazem”, informa Patrícia.
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Desde o último natal que Hector não come carne. Apaixonado por churrasco, a última vez que a família comeu carne vermelha foi em 2020. Patrícia relata que o filho é “louco por churrasco”, contudo, com a atual situação financeira e o aumento crescente do alimento, dificultou o acesso da família à carne.
“Ele me perguntou se a gente teria churrasco no Natal, eu falei que era bem difícil. A gente compra ossinho de porco, pata de galinha, fígado, às vezes uma coxinha. No ano passado, ganhamos um pedaço de carne e assamos. Foi a última vez. É muito difícil”.
A mãe do menino passou a receber mensagens de apoio, ligações, visitas e transferências bancárias de pessoas que sequer conhece.
“Vou guardar. Marcou demais a vida da nossa família”, finaliza.
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