O brasileiro Heine Allemagne inventou e patenteou o spray.
A FIFA (Federação Internacional de Futebol) foi condenada pela 14ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, por apropriação do spray de barreira, criado e patenteado pelo brasileiro Heine Allemagne. O valor a ser pago pela entidade ainda será definido.
O processo foi aberto no ano de 2017, quando a FIFA retirou de seu livro de regras o spray de barreira, porém, continuou o usando em jogos oficiais, como na Copa do Mundo masculina (2018) e na feminina (2019).
Heine destacou que o reconhecimento feito pela Justiça é “um feito épico que vai influenciar em decisões futuras”. Em entrevista concedida ao UOL, ele destaca que o spray é um projeto que soluciona um dos maiores problemas enfrentados no futebol.
“A história do spray seria outra se não fosse a vergonhosa ambição da Fifa. Eu não fiz isso para vender latinhas. Fiz um projeto que soluciona um dos maiores problemas do futebol há mais de um século. Se a Fifa reconhece desde o começo, seria inspirador para o próprio futebol. É rara uma invenção que vai ao encontro da regra, que não muda, mas reafirma a regra”.
O spray de barreira, invenção do brasileiro, marca determinada parte do campo com uma espuma, que some após alguns segundos, sem interferir na partida, e ajuda no cumprimento da regra de distância nas cobranças de falta.
A empresa de Heine, Spuni Comércio Comércio de Produtor Esportivos, teve a patente do produto utilizada em 44 países. Contudo, apesar de ser assessorado pela FIFA na implementação do spray no início dos anos 2000, a entidade nunca o reconheceu pela sua criação.
Então, em julho de 2020, com o processo em andamento, a juíza Fabelisa Gomes Leal, da 7ª Vara Empresarial do TJ-RJ, deum um parecer favorável à FIFA, e alegou que o uso de sprays de outros fornecedores não configurava violação de patente
>> LEIA MAIS: Dois homens são presos com 415 kg de fios de cobre receptados em Barra Velha
A atual decisão, repara o parecer determinado por Fabelisa, e determina que a entidade seja responsabilizada pelos danos causados à patente brasileira. O inventor brasileiro deverá ser indenizado por todas as perdas que ocorreram desde 2012, quando o spray passou a ser utilizado no país.
A defesa de Heine pede, inicialmente, o valor de R$ 50 milhões. Também foi decidido o pagamento de R$ 50 mil pelo uso do spray na Copa do Mundo em 2014, no Brasil, com a logo da marca Spuni coberta.
Com informações de UOL
Sugestão de pauta