Após entrevista com acusações sérias contra o Facebook, ex-funcionária afirma que a empresa enfraquece a democracia e é uma ameaça às crianças.
Menos de 16 horas após apagão global do Facebook, Instagram e WhatsApp, ex-gerente da empresa prestou depoimento no Senado americano. Foi no Congresso dos Estados Unidos que Frances Haugen afirmou que a empresa para a qual trabalhou enfraquece a democracia e é uma ameaça às crianças.
O proprietário do Facebook, Mark Zuckerberg, está enfrentando uma semana difícil. Após uma entrevista com acusações sérias contra a empresa, uma ex-funcionária disse no Congresso que todas as ações da empresa giram em torno de viciar o usuário. Enquanto trabalhava como gerente de produtos, Frances coletou documentos da empresa.
Na terça-feira (05), ela disse que os produtos do Facebook prejudicam as crianças.
“Eles querem que você acredite que tem que escolher entre ter uma rede social cheia de conteúdo polarizador ou a liberdade de expressão. Os produtos do Facebook prejudicam as crianças, alimentam a divisão e enfraquecem nossa democracia”.
O senador e democrata Richard Blumenthal afirma que o Facebook e o Instagram exploram adolescentes usando algoritmos potentes para ampliar suas inseguranças, e que os danos a autoestima seguirão uma geração inteira.
A ex-funcionária comparou o Facebook à indústria tabagista e do automóvel antes das restrições ao cigarro e da exigência do cinto de segurança. E afirmou que as redes sociais podem ficar melhores se o bem-estar for levado em consideração além do lucro. Para isso, pede que o governo regule as plataformas. Ela disse: “Dá para resolver os problemas. Uma rede social mais segura, livre e divertida é possível”, afirma.
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A primeira aparição de Frances foi em um programa de TV no domingo (03), intitulado “60 minutes”. No dia seguinte, na abertura da bolsa, as ações do Facebook despencaram e, logo depois, ocorreu um pane no sistema, e a empresa fechou em uma queda de quase 5%. Porém, na terça-feira voltaram a subir.
Com informações do G1
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