Segundo os oficiais, "o TSE bloqueia sistematicamente propostas de teste do sistema solicitados por equipes externas, o que pode levar à suspeita de que tem algo a esconder”
Clubes Militares formados por oficiais da reserva das Forças Armadas brasileiras, emitiram em conjunto uma nota, na noite desta segunda-feira (2), defendendo a proposta de “voto auditável”, mantida pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido), sendo motivo de confrontos com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
A nota reproduz os argumentos utilizados por Bolsonaro em transmissões pelas redes sociais. Segundo os oficiais da reserva, “auditagem das urnas não pode ser enxergada a olho nu. Trata-se, de uma inescrutável caixa preta. A inviolabilidade das urnas eletrônicas, atestada pela própria equipe técnica do TSE, não pode ser um dogma”. E mais: “o TSE bloqueia sistematicamente propostas de teste do sistema solicitados por equipes externas, o que pode levar à suspeita de que tem algo a esconder”.
Contudo, a apuração das urnas não é feita em segredo — representantes dos partidos participantes da disputa acompanham a apuração. Em seguida, a nota relembra ataques digitais ocorridos no mundo para questionar a segurança das urnas.
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A nota é emitida no mesmo dia em que o presidente voltou a atacar o TSE pelo uso das urnas eletrônicas. Ainda segunda, o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luiz Fux, usou o tradicional discurso na volta dos trabalhos da Corte para criticar as falas de Bolsonaro contra o Judiciário.
Juntamente com isso, Luis Roberto Barroso, presidente do TSE, e principal alvo dos ataques de Bolsonaro, também respondeu. Em reunião transmitida na noite de segunda, o ministro afirmou que o uso do voto impresso não só traria um custo maior para a realização das eleições, como também as tornariam menos seguras. A Corte Eleitoral instaurou um inquérito para investigar os ataques feitos contras as urnas eletrônicas, que poderia não só acarretar em uma notícia-crime contra Bolsonaro, como também impugnar a candidatura do atual presidente da República.
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