Homem também é suspeito de atrapalhar uma investigação relacionada a dois crimes de estupro de vulnerável cujas vítimas seriam alunas da Apae.
O presidente da Associação dos Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae) da cidade de Lauro Müller, no Sul catarinense, foi afastado do cargo nesta terça-feira, 10 de dezembro, por determinação judicial. João Eloi Martins é suspeito de peculato, injúria racial, coação e organização criminosa. O mandado de afastamento foi cumprido pela Polícia Civil, durante a Operação Tweed. Foram cumpridas ainda sete ordens de busca e apreensão.
Uma coordenadora técnica da unidade também foi afastada das funções porque estaria inserindo dados falsos no sistema. O G1 não conseguiu contato com Martins. A Apae do município atende 78 pessoas, entre crianças, adolescentes e adultos.
Martins é suspeito de atrapalhar uma investigação relacionada a dois crimes de estupro de vulnerável cujas vítimas seriam alunas da Apae. “O presidente não queria a investigação, segundo consta, para não expor a Apae. Não queria que funcionárias dessem declarações nem procurassem o Ministério Público”, disse o delegado Ulisses Gabriel.
Ainda segundo o delegado, Martins tratou uma das denunciantes do caso dos estupros como ‘essa nega’, por isso a suspeita de injúria racial.
O presidente da Apae é investigado ainda por supostamente abastecer o carro particular com dinheiro da Apae e de desviar patrimônio da entidade em benefício próprio. “As funcionárias pagavam R$ 5 para comer na Apae e ele levava marmitas para casa”, declarou Ulisses Gabriel.
Martins é suspeito também de tráfico de medicação controlada: ele teria pedido à diretora da Apae de Cocal do Sul o envio de um medicamento de uso controlado, sem receita médica, a fim de repassar a um terceiro.
Fonte: G1 SC | Foto: Polícia Civil
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