O tutor até já foi falar com o dono do pet shop, mas todo mundo leva na brincadeira mesmo.
Um cachorro tem chamado a atenção em Balneário Camboriú. Ele foi flagrado “roubando” em um pet shop da cidade. E a situação tem se repetido frequentemente, conforme tutor. Veterinária diz que é instinto de sobrevivência do animal.
Berlim é o nome do cão vira-lata. De noite ele fica numa empresa aos cuidados de Leonardo Espíndola. Mas durante o dia, o cachorro costuma dar umas voltinhas pela cidade, sozinho.
Foi numa dessas escapadas que ele foi descoberto. Berlim entrou na loja, pegou um alimento e se mandou. Aí o Leonardo entendeu algumas situações que começaram a acontecer semanas atrás.
“A primeira vez ele pegou um pacote de ossinho que eu não sabia de onde ele trouxe. Aí chegou aqui na empresa com ele na boca pra me mostrar, assim. Aí eu peguei e falei pô Berlim, alguém te deu isso aqui, não sei o que é. Aí eu peguei e abri pra ele. Passou uns dois dias e apareceu com outro pacote, fechado também, desses biscoitos pra canino assim”, conta.
E agora está acontecendo a todo momento. O Leonardo até já foi falar com o dono do pet shop. Mas todo mundo leva na brincadeira mesmo.
Leonardo conta que o Berlim apareceu há quase três anos. Um carro parou e abandonou o cão. O empresário tentou levar o Berlim para casa, o mas o cachorro ficou deprimido, pois ele gosta mesmo é da rua.
Berlim usa uma coleira com o telefone do Leonardo, e agora passeia por onde quer. Sempre volta perto das 18h, antes da empresa fechar, porque ele não quer dormir do lado de fora.
E o Berlim também tem demonstrado inteligência em outros momentos. Nessa semana os funcionários da empresa foram trabalhar em Navegantes, há 30 km de carro. E não é que ele apareceu por lá andando?
E o trajeto tem seus obstáculos. Berlim pegou o ferry boat para atravessar o rio que liga Itajaí a Navegantes.
Instinto de sobrevivência
A Andressa Fanchin é a veterinária do Berlim. Amiga também, porque defende o cão até “debaixo d´agua”. Ela diz que a imagem dele no pet shop, é só instinto de sobrevivência.
“Porque como ele ficava na rua, ele precisava fazer essas coisas pra sobreviver, né? Então ele virou um cãozinho ‘safo’ que, pra conseguir sobreviver na rua ele fazia essas coisas. É só instinto mesmo.”
Fonte: G1 SC | Foto: Luiz Carlos Souza
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