Para reforçar as redes de distribuição de energia na área rural e garantir o crescimento do agronegócio em Santa Catarina, a Celesc lança, na quarta-feira, 29 de junho, em Ituporanga, o Celesc Rural. O Programa será lançado em duas modalidades: substituição de redes monofásicas por trifásicas e substituição de cabos nus por cabos protegidos. Esse trabalho será realizado em milhares de quilômetros dos municípios catarinenses, na área de concessão da Celesc, e vai atender a um apelo antigo dos pequenos agricultores e produtores rurais do estado. No total, os investimentos alcançam R$ 65,7 milhões, aplicados em 1,2 mil quilômetros de rede, ainda em 2019. O lançamento de uma das modalidades (cabo protegido) será no Salão Comunitário Comunidade Evangélica de Linha Grande, com a presença do Presidente da Celesc, Cleicio Poleto Martins, e do Secretário de Estado da Agricultura e da Pesca, Ricardo de Gouvêa.
No Alto Vale, numa primeira etapa, serão substituídos 230 quilômetros de rede de cabos nus por cabos protegidos, na região de Ituporanga, com investimento de R$ 5,5 milhões. A implantação deve ocorrer até a safra de fumo, em novembro deste ano. “A fumicultura é uma atividade especialmente delicada na região do Alto Vale catarinense pela necessidade de secar as folhas em estufas que dependem do fornecimento contínuo de energia. Qualquer oscilação ou interrupção mais prolongada já afeta a qualidade da produção, gerando prejuízos e ameaçando a viabilidade dos negócios”, afirma o gerente da Celesc, Manoel Arisoli, que acompanha de perto as demandas dos agricultores locais.
Na segunda etapa, o projeto prevê outros 590 quilômetros de cabos protegidos nas regiões de Rio do Sul e Mafra, onde estão concentrados os maiores problemas relativos a ocorrências provocadas por choque de vegetação com a rede elétrica. Para essa segunda etapa das obras, os investimentos chegam a R$ 24,5 milhões. “Vegetação na rede é hoje a principal causa de falta de energia nessas regiões onde há grandes extensões com plantios de pinus e eucaliptos”, destaca Arisoli. “Essas espécies de árvores alcançam mais de 30 metros de altura e, com a força dos ventos, muitas vezes são lançadas sobre a rede. A recuperação do sistema pode ser demorada, se o ponto da ocorrência estiver em uma área de difícil acesso para as nossas equipes, por exemplo”, explica o gerente, ao lembrar que a proteção dos cabos irá torná-los mais resistentes ao impacto com a vegetação. “A expectativa é reduzir em 90% a falta de energia elétrica nas comunidades rurais destes municípios”, completa.
Além da troca dos cabos nus por protegidos, a rede vai receber também manutenção completa nessas regiões, com troca de postes de madeira por concreto, nos primeiros 400 quilômetros. “O projeto piloto dos cabos protegidos nas áreas rurais foi desenvolvido no Alto Vale do Itajaí, no município de Rio do Campo, na localidade de Varaneira, colocando Santa Catarina como pioneira no Brasil , em 2015”, relembra Manoel.
A implantação dos cabos protegidos vai beneficiar diretamente o agronegócio, que é responsável por cerca de 30% do PIB (Produto Interno Bruto) catarinense. O maior objetivo é promover melhoria no desempenho das redes de distribuição nas áreas rurais, especialmente onde estão localizados os produtores de fumo da região de Ituporanga.
Segunda Modalidade – Rede Monofásica para Trifásica
A segunda modalidade do programa, que será lançada pela Celesc no oeste do estado, ainda no mês de junho, prevê a substituição de redes monofásicas por trifásicas para ampliar a capacidade de fornecimento de energia das áreas rurais. Para essa modalidade, serão investidos R$29,2 milhões, em 300 quilômetros de rede em todo o estado de Santa Catarina e R$ 6,5 milhões, na substituição 86 quilômetros, nas unidades de Rio do Sul e Mafra.
A substituição da rede monofásica para trifásica, no interior do Estado, visa ampliar a capacidade de abastecimento de energia elétrica para os produtores rurais, principalmente durante o período de safras, quando a demanda de energia é maior. Essas redes são necessárias em localidades rurais onde necessitam de potências maiores, principalmente nas regiões com desenvolvimento econômico mais rápido que outras.
Acompanhe a tabela abaixo para entender a extensão do projeto no estado.
REGIÃO |
EXTENSÃO (em quilômetros) |
INVESTIMENTO (milhões) |
Núcleo Grande Capital |
27,5 |
R$ 2,5 |
Núcleo Alto Vale |
20,9 |
R$ 1,9 |
Núcleo Norte |
94,9 |
R$ 9,1 |
Núcleo Planalto |
19,3 |
R$ 1,7 |
Núcleo Meio Oeste |
28,5 |
R$ 2,8 |
Núcleo Sul |
8,2 |
R$ 1,0 |
Núcleo Oeste |
100,7 |
R$ 10,2 |
“No passado os agricultores necessitavam de luz, mas hoje, os agricultores necessitam de energia, para fazer funcionar suas propriedades rurais como por exemplo, motores de estufas para fumo, aeradores para oxigenar águas nos tanques de peixes, ordenhadeiras entre outros”, finalizou Arisoli.
Fonte: Agência Comunicaz a serviço da Celesc | Por Rafael Vieira de Araujo | Foto: Ilustrativa
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