“Bebê” de Nevermind perde ação contra Nirvana após Justiça descartar alegação de abuso
A decisão encerra uma batalha judicial que se arrastava desde 2021.

Spencer Elden, que ganhou fama mundial ainda bebê ao estampar a capa de Nevermind, perdeu novamente na Justiça americana. O processo em que acusava o Nivana e outros responsáveis pela produção do álbum de abuso sexual infantil foi rejeitado por um tribunal federal da Califórnia. A decisão encerra uma batalha judicial que se arrastava desde 2021, marcada por idas e vindas em diferentes instâncias.
Segundo divulgado pelo Jornal O Globo, o juiz responsável pelo caso, Fernando Olguin, entendeu que a fotografia feita em 1991 não poderia ser interpretada como imagem de caráter sexual. Segundo ele, o contexto da capa não sugere conduta explícita, aproximando-se mais de um retrato familiar do que de qualquer conteúdo criminoso.
A Justiça também destacou que Elden, hoje artista plástico, explorou diversas vezes a associação com a capa — desde sessões fotográficas em aniversários de lançamento até a comercialização de itens relacionados.
Ainda segundo o jornal citado, ao longo dos anos, Elden alternou entre participar de homenagens ao disco e expressar incômodo com a exposição de sua imagem. Em entrevistas passadas, chegou a afirmar que a foto lhe abriu portas profissionais, mas depois passou a alegar que sua nudez infantil havia sido explorada sem consentimento. Para os advogados da banda, o fim da disputa judicial representa a eliminação de acusações consideradas infundadas.
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Com a decisão, Nirvana e os demais processados deixam para trás uma polêmica que questionava a própria história de um dos álbuns mais marcantes do rock. Lançado em 1991, Nevermind transformou o cenário musical, impulsionou o grunge e consolidou Kurt Cobain e sua banda no cenário internacional.
Enquanto isso, Elden, que vive em Los Angeles e segue no ramo artístico, mantém sua imagem eternamente ligada a uma das capas mais conhecidas da música.










