Nesta quinta-feira (12/12), um grupo de 15 Pinguins-de-Magalhães voltou ao mar em Florianópolis após passar por reabilitação na Associação R3 Animal, responsável pelo Projeto de Monitoramento de Praias da Bacia de Santos (PMP-BS). Os animais haviam encalhado exaustos e debilitados durante a migração anual no litoral catarinense.
Cinco pinguins foram equipados com transmissores que permitem o acompanhamento, via satélite, de sua jornada até as colônias reprodutivas na Patagônia Argentina.
“Vamos saber quanto tempo os animais levam para chegar às colônias e se o grupo permanece junto”, explicou Cristiane Kolesnikovas, presidente da R3 Animal.
Os dados fornecidos serão fundamentais para a conservação da espécie, permitindo entender melhor seu comportamento migratório.
Os transmissores, leves e de instalação rápida, são acoplados ao dorso dos animais sem interferir em seu bem-estar ou capacidade de mergulho. A bateria dos dispositivos funciona por cerca de três meses, até os pinguins realizarem a troca de penas, quando os transmissores se soltam naturalmente.
A migração dos Pinguins-de-Magalhães, que ocorre entre maio e outubro, enfrenta desafios como poluição, pesca e inexperiência dos indivíduos mais jovens. Em 2024, Florianópolis registrou 2.710 pinguins encalhados, mas apenas 5% estavam vivos no momento do resgate. A R3 Animal já reabilitou 73 pinguins neste ano, devolvendo-os ao mar com nova chance de sobrevivência.
A iniciativa faz parte do Projeto de Monitoramento de Pinguins-de-Magalhães por Telemetria Satelital (PMPTS), exigido pelo IBAMA e realizado em parceria com instituições como a Petrobras, Perenco e a Universidade Federal do Rio Grande (FURG).
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