O caso aconteceu na madrugada desta quarta-feira, 20
Um estudante de medicina morreu após sofrer um tiro à queima-roupa de policial dentro de um hotel em São Paulo por volta das 2h50 desta quarta-feira, 20.
Marco Aurélio Cardenas Acosta, de 22 anos, era estudante de medicina da Universidade Anhembi Morumbi e morreu durante uma abordagem policial na escadaria de um hotel na Vila Mariana. O momento foi captado por câmeras de segurança.
Segundo a Polícia Militar, os agentes patrulhavam a região quando Marco Aurélio teria dado um tapa no retrovisor da viatura e fugido.
O jovem correu para o hotel onde estava hospedado. Imagens mostram que ele entrou no saguão sem camisa e foi perseguido pelos policiais.
Na tentativa de imobilizar o estudante, um dos PMs tentou segurá-lo pelo braço, enquanto outro o chutou. Durante a confusão, um policial atirou no peito do estudante de medicina, alegando que ele tentou pegar a arma do colega.
O jovem foi socorrido e levado ao Hospital Ipiranga, mas não resistiu aos ferimentos, falecendo às 6h40 após duas paradas cardiorrespiratórias e uma cirurgia de emergência.
Claudio Silva, ouvidor das Polícias de São Paulo, criticou a ação, classificando-a como “uso excessivo da força”.
Ele destacou que as imagens mostram os policiais em superioridade numérica e o jovem desarmado. Segundo o ouvidor, os agentes não seguiram as normas de uso progressivo da força.
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As câmeras corporais dos policiais não foram acionadas durante a abordagem, o que também gerou questionamentos.
O caso foi registrado como morte decorrente de intervenção policial e resistência no Departamento Estadual de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP).
A Secretaria de Segurança Pública (SSP) e o hotel onde o incidente ocorreu ainda não se manifestaram sobre o ocorrido até a última atualização.
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