As entidades declararam que os responsáveis serão investigados e punidos conforme os princípios legais.
Dois alunos do curso de Direito da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) foram desligados de seus estágios em renomados escritórios de advocacia após um vídeo com conteúdo preconceituoso viralizar nas redes sociais.
As imagens mostram alunos da PUC-SP chamando estudantes da Universidade de São Paulo (USP) de “cotistas” e “pobres” durante uma partida de handebol nos Jogos Jurídicos Estaduais. Parte do grupo também aparece fazendo gestos que remetem a dinheiro.
Demissões e declarações de escritórios
Os escritórios de advocacia onde os envolvidos trabalhavam confirmaram os desligamentos. Uma das estudantes, identificada pelas iniciais T.J.K, foi dispensada do Pinheiro Neto Advogados, que, em nota oficial, condenou qualquer forma de preconceito e destacou que atitudes como essa são incompatíveis com os valores da empresa.
A.M.H, outro participante identificado no vídeo, também foi demitido do Castro Barros Advogados. A empresa reforçou que não tolera atos discriminatórios e afirmou que o comportamento do estagiário estava em desacordo com sua política de respeito à diversidade.
Além disso, o Machado Meyer Advogados, onde estagia L.S.M, uma das envolvidas no episódio, informou que está apurando o caso antes de tomar decisões. O escritório reiterou seu compromisso com a diversidade e a ética, assegurando que atitudes preconceituosas não serão ignoradas.
Reações institucionais e investigação
As Faculdades de Direito da USP e da PUC-SP, em conjunto com os Centros Acadêmicos XI de Agosto e 22 de Agosto, emitiram uma nota repudiando as manifestações discriminatórias.
As entidades declararam que os responsáveis serão investigados e punidos conforme os princípios legais, enfatizando a importância de transformar as universidades em espaços de igualdade e inclusão.
O comunicado também reforçou que eventos acadêmicos, como os Jogos Jurídicos, devem promover união, não discriminação. Para evitar novos episódios, as instituições planejam reforçar ouvidorias e promover ações educativas antirracistas.
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Medidas da PUC-SP
A Reitoria da PUC-SP expressou seu repúdio em nota oficial, classificando o comportamento dos alunos como inaceitável. A universidade anunciou que a Faculdade de Direito conduzirá uma apuração rigorosa dos fatos e garantiu que os responsáveis serão responsabilizados.
A PUC-SP ressaltou ainda suas iniciativas voltadas à inclusão social, como o PROUNI, ações afirmativas e programas de bolsas de estudo. A instituição também destacou o compromisso com a ampliação de docentes negros para refletir a composição da população do estado de São Paulo.
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