PM fora do serviço era um dos seguranças na boate
O Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) apresentou na última terça-feira (15) uma denúncia à Vara do Tribunal do Júri de Florianópolis contra dois seguranças acusados de matar um homem após um desentendimento dentro de uma boate na região central da cidade.
O crime ocorreu no dia 8 de outubro, por volta das 6h30, após uma discussão envolvendo o valor da conta do cliente.
De acordo com a denúncia, o conflito começou quando um segurança da boate se envolveu em uma discussão com a vítima, que questionava o valor cobrado em sua comanda.
Saiba sobre a ação dos seguranças
Durante o desentendimento, o segurança teria agredido um amigo da vítima com uma cotovelada, iniciando uma luta corporal.
Nesse momento, um segundo segurança, que também era policial militar fora do horário de serviço, se envolveu na confusão.
O policial militar, que atuava como segurança armado na boate, sacou sua arma e, segundo a acusação, disparou à queima-roupa contra o cliente, atingindo-o no tórax.
A vítima caiu no chão, e em seguida, o primeiro segurança, que havia começado a briga, subiu na vítima e a pisoteou violentamente na cabeça pelo menos seis vezes, resultando na morte.
Na denúncia, o Promotor de Justiça Jonnathan Augustus Kuhnen argumenta que o policial militar usou um recurso que dificultou a defesa da vítima, surpreendendo-a durante o tumulto ao atirar em curta distância.
-
LEIA TAMBÉM: Em Florianópolis, grupo agride segurança e PM ao tentar sair de boate sem pagar; um é baleado e morre
O promotor ainda destaca que a ação colocou em risco a vida de outras pessoas presentes, já que o local estava lotado e o disparo ocorreu em meio a uma aglomeração.
Com relação ao outro segurança, Kuhnen afirma que houve extrema brutalidade, já que ele pisoteou a cabeça da vítima repetidamente após o disparo, causando sofrimento desnecessário e configurando uso de meio cruel.
Com o aceite da denúncia, os dois seguranças responderão como réus, sendo submetidos a julgamento pelo Tribunal do Júri. As informações são do MPSC.
Sugestão de pauta