Um crime brutal ocorrido em Criciúma, no Sul de Santa Catarina, chocou a comunidade e culminou com a condenação de uma mulher e seu filho, acusados de assassinar Edson, de 43 anos, com 24 golpes de faca em novembro de 2022.
O julgamento, que se estendeu por mais de 16 horas, terminou na madrugada de sexta-feira (12) com a sentença de 18 anos de prisão para a ex-esposa e 16 anos para o filho, em regime inicial fechado.
A motivação, segundo o Ministério Público de Santa Catarina (MPSC), seria a obtenção de benefícios financeiros, como o seguro de um financiamento bancário e verbas rescisórias.
Edson, que estava em processo de divórcio, foi atraído pela ex-esposa para a residência do casal sob o pretexto de buscar documentos.
Lá, ele foi atacado pela mulher e pelo filho. O MPSC sustentou que o crime foi planejado para garantir o recebimento de pensão e a quitação de dívidas.
Além disso, os réus já haviam sacado mais de R$ 11.500 do FGTS da vítima e iniciado um processo de inventário.
Durante o julgamento, familiares, amigos e ex-colegas de trabalho acompanharam o caso em busca de justiça.
Vanusa Senna, irmã da vítima, desabafou emocionada: “Casamentos não dão certo, mas matar alguém por isso jamais deveria acontecer. Estou sem chão, apenas esperando por justiça.”
O proprietário da empresa onde Edson trabalhava também expressou sua revolta e tristeza: “Ele era um funcionário de confiança, honesto, paciente. Só queremos que a justiça seja feita.”
A promotora de justiça Greice Chiamulera Cristianetti declarou que o MPSC recorrerá da decisão para buscar o aumento das penas, argumentando que as qualificadoras — motivo torpe, meio cruel e traição — justificam uma punição mais severa.
Os réus continuarão presos, pois foi negado o direito de recorrer em liberdade. O crime trouxe à tona o impacto profundo que essa tragédia causou na vida de muitas pessoas e evidenciou o desejo coletivo de justiça.
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