A Polícia Militar de Santa Catarina (PMSC) está prestes a encerrar o uso de câmeras corporais pelos policiais, um programa pioneiro no Brasil, implantado em 2019.
A recomendação para o fim do projeto foi feita pelo Estado-Maior da corporação e aguarda a assinatura do comandante-geral, coronel Aurélio Pelozato da Rosa. A decisão está prevista para os próximos dias.
Entre as justificativas apontadas no documento, estão problemas operacionais e falta de recursos financeiros para manutenção do programa.
O coronel Jailson Franzen, chefe do Estado-Maior da PMSC, explicou que um diagnóstico interno revelou dificuldades como a ausência de suporte técnico por parte da empresa fornecedora, falta de armazenamento adequado das imagens e falhas no acionamento das câmeras, que em algumas situações, não gravavam mesmo após serem ligadas.
O encerramento do programa prevê o recolhimento e desativação das câmeras, além do início de um estudo para a busca de novas soluções tecnológicas e alternativas de financiamento para um futuro sistema de monitoramento.
Apesar dos problemas, o programa de câmeras corporais da PMSC é considerado o mais abrangente do país, com 2.245 câmeras ativas para um total de 8.776 policiais, de acordo com a matéria da NSC Total.
Recentemente, a PMSC foi convidada a participar de um grupo de trabalho coordenado pelo Ministério da Justiça, que busca criar um modelo nacional de monitoramento por câmeras corporais, reforçando a importância do projeto catarinense para o desenvolvimento de novas estratégias no Brasil.
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