Uma das vítimas mencionadas seria a ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco.
O ministro dos Direitos Humanos, Silvio Almeida, foi demitido de seu cargo nesta sexta-feira (6) após a divulgação de acusações de assédio sexual feitas pela ONG Me Too Brasil.
A decisão foi comunicada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva após uma reunião no Palácio do Planalto, onde o presidente avaliou a situação como insustentável para a continuidade de Almeida no governo.
A denúncia foi publicada pelo portal “Metrópoles” na quinta-feira (5), e a ONG Me Too Brasil confirmou a existência das acusações, que teriam ocorrido no ano passado.
Uma das vítimas mencionadas seria a ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco. Silvio Almeida nega veementemente as acusações, chamando-as de mentiras e prometendo buscar a responsabilização de quem fez os relatos.
A situação desencadeou uma crise no governo, com a Comissão de Ética da Presidência da República abrindo um procedimento de apuração. A comissão decidiu que Almeida tem 10 dias para apresentar sua defesa.
Além disso, Almeida será ouvido pelo controlador-geral da União e pelo advogado-geral da União. A Polícia Federal também abrirá um inquérito para investigar as alegações.
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Em uma declaração à Rádio Difusora, o presidente Lula afirmou que “alguém que pratica assédio não vai ficar no governo”, mas ressaltou a necessidade de permitir que o ministro se defenda adequadamente.
Lula destacou que o governo tem uma prioridade em combater a violência contra as mulheres e garantir que tais condutas não coexistam com a administração pública.
Silvio Almeida, de 48 anos, era reconhecido como um especialista em questões raciais e foi nomeado para o Ministério dos Direitos Humanos no início do terceiro mandato de Lula, em janeiro de 2023. Ele tem um histórico de atuação acadêmica e militância em causas sociais e direitos humanos.
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