As últimas medalhas de ouro puro foram entregues em 1912, em Estocolmo.
Para os atletas de elite, a medalha de ouro olímpica representa a realização de um sonho cultivado desde os primeiros passos de suas carreiras, um sonho que só pode ser concretizado a cada quatro anos.
Esse intervalo torna o valor emocional da medalha muito superior ao seu valor material. No entanto, o que muitos desconhecem é que as medalhas olímpicas deixaram de ser inteiramente feitas de ouro há muito tempo, o que diminuiu significativamente seus custos de produção.
Ainda assim, o processo de fabricação dessas medalhas as torna possivelmente as mais caras da era moderna.
Segundo a Forbes, o custo estimado da medalha de ouro dos Jogos Olímpicos de 2024 gira em torno de US$ 950 (cerca de R$ 5.361, de acordo com a cotação atual).
Este valor é calculado com base no preço do ouro no mercado, mas não reflete uma valorização expressiva do metal precioso.
As medalhas de 2024 possuem 85 milímetros de diâmetro, 9,2 milímetros de espessura e pesam 529 gramas.
A maior parte de sua composição, mais de 95,4%, é feita de prata (505 gramas), enquanto o revestimento externo, que utiliza apenas seis gramas de ouro puro, dá o brilho característico da medalha. Há ainda 18 gramas de ferro na composição.
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Se fosse inteiramente feita de ouro, a medalha teria um valor estimado em US$ 41.161 (aproximadamente R$ 232 mil na cotação atual). Por esse motivo, as últimas medalhas de ouro puro foram entregues em 1912, em Estocolmo.
A medalha de prata, um pouco mais leve, pesa 525 gramas, com 507 gramas de prata e 18 gramas de ferro. Seu valor de mercado, baseado nos preços atuais da prata e do ferro, é de aproximadamente US$ 486 (R$ 2.742).
Já a medalha de bronze, destinada ao terceiro colocado, vale cerca de US$ 13 (R$ 73,37), sendo composta por 415,15 gramas de cobre, 21,85 gramas de zinco e 18 gramas de ferro.
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Um detalhe curioso é a utilização de ferro proveniente da Torre Eiffel na confecção das medalhas de Paris 2024. Este ferro, removido do monumento durante obras de modernização no século 20, foi refinado e reutilizado, garantindo uma pureza quase total e uma robustez ímpar, conforme descrito pelo site oficial da Olimpíada.
Além disso, o design das medalhas também contribui para seu valor. Pela primeira vez na história dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos, as medalhas foram desenhadas por uma renomada casa de joalheria.
A Chaumet, famosa por criar joias e tiaras para a realeza francesa e britânica, foi a responsável por conferir um toque de sofisticação e tradição às medalhas que serão entregues aos atletas em 2024.
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