A situação também afeta os professores que não aderiram à greve.
Com 50 dias de greve, as aulas no Instituto Federal Catarinense (IFC) em Blumenau continuam interrompidas, causando grande preocupação entre os pais dos alunos. Nesta manhã, um grupo de pais se reuniu nos portões da instituição exigindo a retomada das aulas.
“Chantagear o futuro de nossos filhos não deveria ser um método para obter reajustes de um governo que não mostra medidas para sanear suas contas,” desabafa Charles Bell, pai de um estudante do curso técnico integrado em Mecatrônica.
A frustração é palpável entre os pais, que veem seus filhos perderem preciosos meses de educação.
A greve, liderada pelo sindicato do setor, ainda não dá sinais de terminar. Apesar das repetidas tentativas de negociação, nenhuma solução foi apresentada aos pais e aos demais grupos interessados.
Na próxima semana, os reitores dos institutos federais têm uma reunião marcada com a Presidência da República para discutir os itens reivindicados pelos grevistas. No entanto, os detalhes dessas reivindicações ainda não foram divulgados ao público.
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A situação também afeta os professores que não aderiram à greve. Eles relatam estar impedidos de lecionar ou de entrar em contato com os alunos para continuar o desenvolvimento curricular das ementas.
A greve levanta questões sobre o impacto a longo prazo na formação dos estudantes. Em um país que precisa urgentemente de líderes e expoentes na ciência e educação, perder dois meses de aulas é um revés impensável.
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