Acontece nesta terça-feira, 21 de maio, a partir das 9 horas da manhã na Comarca de Ascurra, o júri popular do homem acusado de dar seis facadas em Acácio Peyerl, ex-vereador de Rodeio, no dia 29 de setembro de 2013.
Quase 11 anos depois, os momentos daquele dia ainda estão vívidos na memória de Acácio, que gravou uma entrevista exclusiva com o Misturebas News horas antes do julgamento, na expectativa de rever seu agressor.
“Quero ficar frente a frente com ele e perguntar o porquê. Até hoje não sei o motivo do ataque. Às vezes penso se ele me confundiu com alguém”, diz Acácio.
Acácio conta que já tinha visto o homem algumas vezes, mas que não havia nenhum contato, nenhuma relação.
Na época do crime, a vítima era suplente de vereador e tinha recém vendido a lanchonete Tipo Caseiro, que acabou se tornando o palco da tentativa de homicídio.
“Quando estava no banheiro ele tentou puxar uma discussão comigo. Voltei para a mesa e ele foi atrás, disse ‘vem ver o que fiz com a sua camionete’. Fui ver o carro e foi quando ele me atacou. Senti os golpes e vi que meu intestino estava para fora da barriga. Segurei meu intestino e as pessoas gritavam para que eu corresse. Tentei, mas caí e levei outros golpes nas costas”, conta.
Acácio passou seis dias em coma e 24 dias na UTI do Hospital Regional em Rio do Sul. “Os médicos chamaram meus dois filhos para que se despedissem porque naquele momento as chances de sobrevivência eram mínimas”, afirma. E completa: “agradeço a muito todos os envolvidos, desde os bombeiros aos médicos e, principalmente, a Deus”.
O ex-vereador ainda sofre com as sequelas das facadas. “Desenvolvi uma neuropatia crônica, que me causa um desequilíbrio e limitações no dia-a-dia para coisas simples como pegar uma criança no colo. Além disso, tenho cicatrizes que me causam constrangimentos na vida pessoal”.
Segundo a advogada de Acácio, Juliana Ferreira, o acusado chegou a ser preso na época, mas foi solto logo depois e respondeu ao crime em liberdade. Ele será julgado por tentativa de homicídio com agravante de ter dificultado a defesa da vítima.
Para Acácio, “mais de uma década depois, o que espero é Justiça. Primeiro, entender porque ele fez isso comigo e depois que ele pague pelo crime que cometeu”.
Confira a entrevista completa:
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