No dia 27 de fevereiro o Misturebas News contou a história de Virma Gonçalves da Luz Vicente, de 57 anos, que está acamada desde que sofreu um AVC, em maio do ano passado. Desde então, a dona de casa se alimenta por sonda e respira por traqueostomia.
Todo o cuidado é feito pelo filho caçula, Valmor, de 24 anos. Virma, o marido Nelson, de 71 anos, e Valmor moram em uma pequena casa de madeira no bairro Pomeranos, em Timbó, e sobrevivem apenas com a aposentadoria de Nelson, cerca de R$ 800 por mês.
Na época da primeira entrevista, Valmor estava preocupado porque a mãe não recebia nenhum cuidado médico nem benefício do governo. Agora, um mês depois, a situação da família mudou.
“Após a reportagem, a policlínica entrou em contato e minha mãe já está sendo atendida por um neurologista. Além disso, uma fisioterapeuta voluntária veio aqui me ensinar exercícios que posso fazer com ela para estimular. E um advogado já está adiantando a documentação para enfim conseguirmos o benefício do LOAS”, conta Valmor.
O LOAS é um benefício pago para pessoas com deficiência pelo governo federal no valor de um salário mínimo.
Animado, Valmor diz ainda que ganhou muitas doações. “Recebi pouco mais de R$ 7 mil no pix, além de muitas pessoas que vieram aqui trazer fraldas, lenços umedecidos, sondas e alimentos. Ganhei uma cama de solteiro, um sofá e até atendimento psicológico para mim”, diz, agradecido.
Ele ainda recebeu R$ 1 mil de desconto na compra de uma televisão para a mãe.
“Já que não posso levá-la para fora de casa, pelo menos vou deixar a tv passando na frente da cama dela, para ter contato com o mundo lá fora”, afirma.
Neste segundo encontro Valmor estava entusiasmado, bem diferente da angústia que sentia um mês atrás. “Nunca vou poder expressar a gratidão que sinto por todos que nos ajudaram. Essa corrente de amor e acolhimento fez até a minha mãe melhorar”, comemora o filho.
Valmor também conseguiu uma renda extra, montando peças em casa. O jovem, que tem Ensino Médio completo e experiência no setor administrativo, ainda busca um emprego em home office, já que não pode se afastar da mãe.
Além dos cuidados básicos de higiene e alimentação, Valmor também faz a sucção da traqueostomia quando Virma engasga.
A cama hospitalar de Virma fica na sala da casa e Valmor dorme ao lado para estar sempre atento às necessidades da mãe.
“O dinheiro que recebemos deixei bloqueado no banco, com a programação de liberar apenas R$ 500 por mês para comprar o básico. Vou usar da melhor forma para garantir dignidade à minha mãe”, diz o rapaz. “Quero deixar o meu agradecimento mais profundo ao povo de Timbó, estamos nos sentindo acolhidos”, reforçou Valmor.
- Para quem puder ajudar o PIX de Valmor é o telefone dele: 47988258845.
Confira a reportagem completa abaixo:
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