A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) projeta um aumento médio de 5,6% na conta de luz dos brasileiros em 2024, de acordo com declarações do diretor-geral da agência, Sandoval Feitosa.
Essa projeção supera as estimativas de inflação do mercado, segundo o Banco Central (BC). Em 2023, a Aneel havia estimado um aumento de 6,8%, mas o efetivo foi de 5,9%.
Três fatores são apontados como influenciadores desse aumento:
- Energia contratada no mercado cativo: Quando o consumidor é obrigado a comprar da distribuidora local.
- Expansão da rede de transmissão: Investimentos para ampliar a infraestrutura energética.
- Conta de subsídios: Custos adicionais que têm crescido nos últimos anos.
A Aneel realiza anualmente o reajuste das tarifas de energia cobradas pelas distribuidoras, levando em consideração diversos fatores, como custos de geração e transmissão, encargos setoriais e inflação.
Em entrevista ao Terra, o presidente da Frente Nacional dos Consumidores de Energia, Luiz Eduardo Barata, destaca que quase 40% do valor pago pelos brasileiros em energia elétrica refere-se a tributos, encargos e perdas.
Aumento em valor de subsídios:
Em 2024, os subsídios devem atingir R$ 37,2 bilhões, marcando um recorde na série histórica da Aneel.
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A Conta de Desenvolvimento Energético (CDE), que compila os subsídios arcados pelos consumidores, é composta por multas, recursos de pesquisa e desenvolvimento, valores pagos por hidrelétricas, recursos da Reserva Global de Reversão (RGR), aportes do Tesouro Nacional e cotas pagas pelos consumidores.
Destaca-se que a maior parcela desse valor, R$ 32,7 bilhões (88%), será diretamente custeada pelos consumidores, evidenciando o crescente peso desse ônus sobre os brasileiros
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