Os trabalhadores, provenientes do Paraná, foram contratados para a colheita de cebola por um agricultor local.
Uma ação coordenada pelo Grupo Especial de Fiscalização Móvel (GEFM) resultou no resgate de 17 trabalhadores em condições análogas à escravidão na região de Ituporanga, no Alto Vale do Itajaí. Entre as vítimas estavam um idoso e um adolescente, em uma situação alarmante de exploração.
Os trabalhadores, provenientes do Paraná, foram contratados para a colheita de cebola por um agricultor local. No entanto, viviam em condições degradantes, sem registro formal, equipamentos de segurança ou acesso adequado à água.
A precariedade dos alojamentos era evidente, com dois locais subumanos destinados ao descanso dos trabalhadores. Um deles era um sótão improvisado no galpão de armazenamento de cebola, oferecendo condições insalubres. O outro, uma pequena casa em área rural de difícil acesso, estava superlotada e não proporcionava condições mínimas de higiene e segurança.
Além disso, a falta de equipamentos de proteção individual era notória, com os trabalhadores realizando suas tarefas sem luvas adequadas, utilizando até chinelos de dedo. Nenhum deles tinha a carteira de trabalho assinada, agravando ainda mais a ilegalidade das condições de trabalho.
Após o resgate, os trabalhadores receberam seus direitos salariais e rescisórios, incluindo o acesso ao Seguro-Desemprego do Trabalhador Resgatado. O empregador foi obrigado a assinar um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC), comprometendo-se a não mais cometer tais irregularidades e a cumprir todas as normas de segurança estabelecidas.
• LEIA TAMBÉM: Brasil tem mais de 100 milhões de trabalhadores empregados pela primeira vez na história
A operação conjunta, envolvendo diversas instituições, incluindo Ministério Público do Trabalho, Ministério Público Federal e órgãos de segurança, destaca a importância de canais de denúncia para casos de trabalho escravo, reforçando a necessidade de fiscalização e proteção dos direitos laborais.
Caso você tenha informações sobre trabalho escravo, denuncie através do Ministério Público do Trabalho, Sistema Ipê da Secretaria de Inspeção do Trabalho (SIT) ou pelo Dique 100, garantindo que tais situações sejam combatidas e os direitos dos trabalhadores preservados.
Sugestão de pauta