Milicianos do Rio de Janeiro ofereceram uma recompensa de R$500 por cada ônibus incendiado em uma onda de violência que assolou a cidade na última segunda-feira.
No total, 35 ônibus foram destruídos, marcando o dia com o maior número de coletivos incendiados na história da cidade, de acordo com o Rio Ônibus. Leia mais aqui.
O ataque, atribuído à morte de Matheus da Silva Rezende, foi supostamente organizado pelos milicianos para facilitar a fuga de Luís Antônio Da Silva Braga, conhecido como Zinho, da prisão.
A ordem para incendiar os ônibus foi repassada sem critério, levando à destruição de 35 veículos.
A recompensa estava condicionada à filmagem dos incêndios.
Incêndios organizados pelos milicianos causou prejuízo de R$35 milhões e mobilização de forças de segurança
O ataque aos ônibus causou um prejuízo estimado de R$35 milhões, e a cidade testemunhou também o incêndio de um trem em meio a essa onda de violência.
Pelo menos 13 pessoas foram presas sob suspeita de participar dos ataques.
Wellington Silva Mendes de Mesquita, de 40 anos, é um dos suspeitos presos e foi identificado como o homem que, em um vídeo, foi flagrado jogando gasolina em um ônibus, momentos antes das chamas serem acesas.
Nas imagens, é possível ouvir uma mulher gritando que há pessoas dentro do veículo.
O Ministério da Justiça e Segurança Pública reforçou a defesa do Rio de Janeiro com a ativação de 300 agentes da Força Nacional e 86 viaturas, visando conter a escalada da violência na cidade.
Intervenção Federal não é considerada, mas reforços de segurança são mobilizados
Embora a cidade tenha vivenciado uma semana de terror, o ministro Flávio Dino, da Justiça e Segurança Pública, rejeitou a ideia de implementar uma intervenção federal no estado.
De acordo com o ministro, uma intervenção federal requer um cenário de completa anomia e ausência de governo, condições que não estão presentes no momento.
Ele também destacou que não há base constitucional para uma intervenção federal no Rio de Janeiro.
O prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, concordou com a posição de Dino, negando a necessidade de intervenção federal.
No entanto, ele descreveu a crise de segurança como “muito grave” e destacou que a cidade enfrenta o domínio de territórios por grupos criminosos e milicianos.
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