O agravamento da estiagem no estado do Amazonas tem causado impactos significativos e o Rio Negro, um dos principais rios da região, atingiu um novo nível mínimo histórico.
Segundo medições realizadas pelo Porto de Manaus, a cota do rio chegou a 13,19 metros, indicando uma situação crítica.
Esse declínio nos níveis das águas do Rio Negro começou a ser registrado desde o final de abril deste ano e deve persistir até o início de novembro, quando a estiagem é esperada para terminar.
Em contraste, o recorde de maior nível já registrado foi de 30,02 metros em 16 de junho de 2021.
A estiagem tem gerado impactos em praticamente todo o Amazonas, resultando em 59 dos 62 municípios do estado em situação de emergência, enquanto um está em alerta e dois em normalidade.
Além da baixa do Rio Negro, uma vila no interior do Amazonas sofreu com uma erosão e sumiu do mapa devido às condições climáticas na região.
O boletim do governo estadual revelou que 146 mil famílias, o que equivale a 590 mil pessoas, foram afetadas pela escassez de chuvas.
A Marinha, em colaboração com o Exército e autoridades locais, iniciou uma operação de distribuição de cestas básicas e água mineral na região do Alto Solimões.
As equipes estão usando o Navio de Assistência Hospitalar Soares de Meirelles como meio de transporte.
Essa embarcação percorrerá cerca de 1.350 quilômetros, abrangendo municípios como Benjamin Constant, Atalaia do Norte, Amaturá, Santo Antônio do Içá e Tonantins.
O Navio Soares Meirelles também desempenha um papel fundamental no atendimento primário à saúde e na distribuição de medicamentos para as comunidades ribeirinhas e indígenas da região.
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A ação visa fornecer uma resposta imediata e ajudar a população a enfrentar os desafios impostos pela estiagem prolongada.
Além disso, o Ministério da Saúde anunciou um investimento de R$ 225 milhões para reforçar o atendimento de saúde no Amazonas devido à forte estiagem.
Na semana anterior, o ministério enviou sete kits de calamidade ao estado, contendo medicamentos e insumos para atender a 10,5 mil pessoas por até um mês.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva também discutiu a seca na Amazônia em uma conversa telefônica com o presidente da Colômbia, Gustavo Petro, na quinta-feira, 19.
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