Um ataque aéreo atingiu o hospital Ahli Arab na cidade de Gaza, no norte da Faixa de Gaza, resultando em um número de mortos que já ultrapassou 500, segundo informações do Ministério da Saúde da Palestina.
Este ataque desencadeou uma intensa disputa entre autoridades palestinas e israelenses, que se culpam mutuamente pela explosão do hospital.
O ataque ocorreu por volta das 19h (hora local), sendo 14h no horário de Brasília.
As autoridades palestinas acusam Israel de ser responsável pelo ataque.
O Ministério da Saúde palestino relatou que centenas de vítimas continuam soterradas sob os escombros do edifício.
Por outro lado, as Forças de Defesa de Israel (IDF) argumentam que, de acordo com “informações de inteligência,” a “organização terrorista Jihad Islâmica é responsável pelo lançamento que falhou e atingiu o hospital.”
No entanto, a Jihad Islâmica também negou a autoria do ataque aéreo.
O hospital Ahli Arab, estabelecido em 1882, é um hospital missionário cristão administrado pela Diocese Episcopal de Jerusalém.
Além de fornecer serviços médicos essenciais, ele servia como abrigo para civis que fugiam de suas casas devido aos bombardeios israelenses.
Este hospital de 80 leitos normalmente realizava cerca de 300 cirurgias e recebia cerca de 3.500 visitas por mês.
Vários países e organizações internacionais condenaram veementemente o ataque ao hospital, que a Organização Mundial da Saúde descreveu como resultando em “centenas de mortos e feridos.”
Esta tragédia ocorre em meio ao conflito em curso entre Israel e grupos armados na Faixa de Gaza, que já gerou grande preocupação internacional.
LEIA MAIS:
A OMS alertou que a ordem israelense de evacuação para 20 hospitais na região é “impossível” de ser cumprida, considerando a insegurança e a crítica condição de muitos pacientes, bem como a falta de recursos e abrigos alternativos.
Os impactos desse ataque vão muito além das vítimas imediatas.
O presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas, anunciou um período de luto de três dias para homenagear as vítimas dessa tragédia.
Repercussão do ataque aéreo
A indignação internacional rapidamente se fez sentir após o ocorrido.
O Ministério do Exterior do Egito condenou o ataque e instou Israel a “parar imediatamente com essa política de punição coletiva contra o povo de Gaza”, referindo-se ao ataque ao hospital.
O Ministério de Relações Exteriores do Catar também se manifestou contra o ataque, alertando para uma “escalada perigosa” na expansão dos ataques israelenses sobre Gaza, incluindo hospitais e escolas.
Além disso, a agência da ONU para refugiados palestinos, a UNRWA, reportou que outra escola da agência foi atingida em um bombardeio israelense, resultando em pelo menos seis mortes.
Sugestão de pauta