Santa Catarina foi um dos estados envolvidos na Operação Dantraz da Polícia Federal (PF).
A operação teve como foco principal uma organização criminosa especializada no tráfico internacional de drogas e abrangeu 41 mandados de busca e apreensão em cinco estados do Brasil.
As investigações que levaram à Operação Dantraz tiveram início em abril de 2022, quando as autoridades interceptaram um barco pesqueiro brasileiro carregado com 5,4 toneladas de cocaína na costa africana.
Outra apreensão ocorreu com uma embarcação pesqueira que partiu de Fortaleza e foi abordada em alto mar com 1,2 tonelada de cocaína, totalizando 6,6 toneladas apreendidas.
A organização criminosa desarticulada pela PF é especializada na logística marítima do tráfico de drogas.
A atuação do grupo foi inicialmente identificada em Santa Catarina, São Paulo e Ceará.
A operação resultou na prisão de 15 suspeitos até o momento, bem como no sequestro de bens adquiridos pelos investigados e no bloqueio de contas bancárias.
Esta ação marcou a estreia da Força Integrada de Combate ao Crime Organizado (FICCO) no estado de São Paulo, uma iniciativa que visa integrar as forças de segurança em nível federal, estadual e municipal para combater o crime organizado.
A Operação Dantraz contou com a colaboração de autoridades de Cabo Verde, Estados Unidos da América e Inglaterra.
De acordo com o delegado Alexandre Custódio Neto, a organização criminosa atuava como intermediária na logística do tráfico de drogas, transportando substâncias de países produtores para destinos finais, principalmente na África e na Europa.
Uma das embarcações envolvidas saiu de Santa Catarina e foi levada ao Ceará, onde foi carregada com cocaína, que posteriormente foi apreendida em Cabo Verde em abril de 2022.
O grupo utilizou uma lancha para auxiliar no transporte das drogas até a embarcação, onde o material era içado.
Outro pesqueiro também foi adquirido em Santa Catarina e transferido para o Ceará.
LEIA TAMBÉM:
Segundo o delegado, o grupo terceirizava a mão de obra operacional, contratando equipes especializadas em içamentos e transbordos em diferentes estados, incluindo o Rio Grande do Norte.
Isso evidencia a natureza empresarial e adaptativa do crime organizado nos dias de hoje.
Os investigados enfrentarão acusações que incluem tráfico internacional de drogas, organização criminosa e lavagem de dinheiro. Em caso de condenação, as penas podem chegar a 40 anos de prisão.
Sugestão de pauta