Pelo menos 59 pessoas perderam a vida e mais de uma centena ficaram feridas em um ataque suicida ocorrido na sexta-feira, 29, perto de uma mesquita em Mastung, no Paquistão.
O ataque aconteceu durante uma cerimônia em homenagem ao nascimento do profeta Maomé.
Inicialmente, as autoridades locais informaram cerca de 30 mortos, mas números atualizados apontam para pelo menos 59 vítimas fatais e mais de 130 feridos.
Devido à gravidade da situação, foi declarado estado de emergência na província do Baluchistão.
Até o momento, nenhum grupo reivindicou a autoria do ataque.
Este acontecimento ocorre em um momento de aumento dos atentados orquestrados por grupos militantes no oeste do país, em meio às preparações para as eleições nacionais programadas para janeiro de 2024.
O inspetor-geral da polícia local, Munir Ahmed, relatou que “o homem acionou o explosivo que levava no corpo perto do veículo do vice-intendente da polícia”.
O ataque aconteceu enquanto vários grupos de fiéis se reuniam na mesquita para uma procissão.
Mohammad Javed Lehri, da polícia de Mastung, confirmou que “entre os mortos está um alto oficial da polícia que estava em serviço e acompanhava a procissão religiosa”.
O primeiro-ministro interino do Paquistão, Anwar-ul-Haq Kakar, condenou veementemente o atentado e expressou suas condolências às famílias das vítimas.
O ministro do Interior, Sarfraz Bugti, também classificou o ataque como um “ato muito hediondo”.
Nos últimos meses, o Paquistão tem enfrentado diversos ataques de grupos islâmicos, especialmente após o fim de um cessar-fogo entre o governo e o Tehreek-e-Taliban Pakistan (TTP), uma organização que reúne vários grupos islâmicos sunitas.
Em julho deste ano, mais de 40 pessoas morreram em um atentado suicida na província de Khyber Pakhtunkhwa, no noroeste do país, durante uma reunião de um partido político religioso.
Paquistão acusa a Índia pelo ataque
Não é de hoje que as autoridades paquistanesas acusam a Índia de patrocinar grupos violentos no país.
Essas alegações, no entanto, sempre foram negadas pela Índia.
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“Instituições civis, militares e todas as outras atuarão conjuntamente contra os elementos envolvidos no atentado suicida a bomba em Mastung”, afirmou o ministro do Interior, Sarfaraz Bugti, à imprensa na capital do Baluchistão, Quetta.
Ele também afirmou que “a RAW está envolvida no ataque suicida”.
A RAW é a agência de inteligência indiana Research & Analysis Wing (RAW), e o ministro não forneceu evidências para validar a acusação.
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